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Estrela de basquete dos EUA vai a julgamento na Rússia por acusações de drogas

1 jul 2022 - 09h37
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A estrela de basquete norte-americana Brittney Griner foi a julgamento em um tribunal nos arredores de Moscou nesta sexta-feira para enfrentar acusações de drogas que podem levá-la a até 10 anos na prisão.

O caso, que coincide com as relações tensas entre Moscou e Washington sobre o conflito na Ucrânia, foi aberto depois que as autoridades russas disseram ter encontrado cartuchos contendo óleo de haxixe na bagagem de Griner em um aeroporto de Moscou em fevereiro.

Griner, uma estrela da Women's National Basketball Association (WNBA), foi presa e acusada de contrabando de uma grande quantidade de drogas.

A atleta de 31 anos foi vista chegando ao tribunal municipal de Khimki algemada pouco depois do meio-dia de Moscou (6h de Brasília) na sexta-feira, vestindo uma camiseta com foto de Jimi Hendrix e tênis sem cadarço, que são proibidos nas prisões russas.

O promotor disse a Griner que ela estava sendo acusada de transportar drogas intencionalmente. Griner falou que entendia as acusações.

Três funcionários da embaixada dos EUA, incluindo a vice-chefe da missão Elizabeth Rood, estavam presentes no tribunal.

Griner disse a um repórter da Reuters que estava achando a detenção difícil porque não fala russo e não conseguia manter-se totalmente em forma física, apenas exercícios gerais, como alongamento.

Seus advogados disseram à Reuters que ainda não dirão se ela vai se declarar culpada ou não.

Questionado sobre o caso, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou que haja motivação política.

"Só posso operar com fatos conhecidos, e os fatos indicam que a eminente atleta foi detida com drogas ilegais. Há artigos na legislação russa que preveem punição para tais crimes", disse ele a repórteres. "Só o tribunal pode dar um veredicto."

Autoridades dos EUA e vários atletas pediram a libertação de Griner --ou "BG", como ela é conhecida pelos torcedores de basquete. Eles dizem que ela foi detida injustamente e deve ser imediatamente devolvida à sua família nos Estados Unidos.

A detenção de Griner também gerou preocupações de que Moscou poderia usar a duas vezes medalhista de ouro olímpico para negociar a libertação de um russo de posição destacada sob custódia dos EUA.

O Kremlin disse que Griner violou as leis russas e negou que ela estivesse sendo mantida refém em meio ao impasse da Rússia com os Estados Unidos.

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