Organizadora se emociona e diz que maratona iria "salvar" NY
- Allan Brito
- Direto de Nova York
A organização da Maratona de Nova York se movimentou rapidamente para dar uma satisfação a atletas, imprensa e fãs. Poucas horas após o anúncio oficial do cancelamento da prova, uma das mais tradicionais do pedestrianismo mundial, Mary Wittenberg, presidente da New York Road Runners e grande organizadora da prova, não escondeu a decepção e, com os olhos marejados, lamentou a chance de "salvar" a cidade, ainda abalada pela tempestade Sandy.
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"Era uma maravilhosa chance para salvar a cidade. Acredito que a maratona poderia ajudar a recuperação das pessoas da cidade e lamento por ter que cancelar a prova", discursou uma emocionada Wittenberg, uma das autoridades mais abaladas com o cancelamento da prova.
Em entrevista concedida nesta sexta-feira, a dirigente por muitas vezes viu-se amparada pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Pressionado nos últimos dias a cancelar a prova por habitantes nova-iorquinos e membros da imprensa, em virtude do fenômeno natural que deixou mais de 40 mortos somente na cidade, o político classificou a ação como um divisor em sua trajetória no importante cargo.
"É o momento mais difícil da minha gestão. Todo mundo se dedicou para manter a maratona, mas não conseguimos. O que era para ser um momento de união, virou um momento de adversidade", discursou o prefeito da cidade, grande responsável por decidir pela não realização da prova.
De acordo com relatos da dupla, o cancelamento da prova ocorreu somente depois muita discussão. Responsável pela organização da competição, Wittenberg votou por manter a prova. Contudo, o pressionado Bloomberg decidiu por atender aos protestos. O político ainda pediu compreensão dos atletas pelo difícil momento vivido pela metrópole.
"Não conheço ninguém que não ame a Maratona de Nova York. Sei que vão voltar no ano que vem. Sei que é difícil para as pessoas que foram prejudicadas verem a maratona acontecer, seria muito doloroso. É a decisão mais certa que poderíamos ter tomado", encerrou Bloomberg.