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Estados Unidos

Obama recebe carta com substância letal, diz FBI

17 abr 2013 - 13h04
(atualizado às 21h18)
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Autoridades dos Estados Unidos estão investigando uma carta que foi remetida ao presidente norte-americano, Barack Obama, e na qual exames preliminares indicaram a presença do veneno ricina, no segundo incidente desse tipo em dois dias.

A polícia federal norte-americana (FBI) disse que o envelope foi recebido em um centro de triagem de correspondência fora da Casa Branca e imediatamente colocado em quarentena.

Não há indício de ligação entre esse incidente e o atentado de segunda-feira que matou três pessoas e feriu outras 176 junto à linha de chegada da Maratona de Boston, segundo o FBI.

A capital norte-americana já havia ficado sobressaltada na terça-feira com a notícia de que autoridades interceptaram uma carta com indícios de ricina, endereçada ao senador republicano Roger Wicker, do Mississippi.

Então nesta quarta-feira surgiram outros alertas de correspondências suspeitas na capital, causando a desocupação temporária e parcial de dois prédios do Senado. A maioria dos casos rapidamente se revelou um falso alarme.

As cartas para Obama e Wicker estavam relacionadas, a julgar pelos carimbos postais e pela linguagem idêntica nas cartas anexas, segundo um boletim de operações do FBI ao qual a Reuters teve acesso.

Elas continham a frase: "Ver um erro e não expô-lo é se tornar um parceiro silencioso da sua continuidade". A assinatura dizia: "Sou KC e aprovo esta mensagem".

Os envelopes tinham carimbos de Memphis, no Tennessee, e estavam datados de 8 de abril.

A situação desta semana lembra o pânico registrado em Washington há 12 anos, logo depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, quando várias cartas com o esporos de antraz foram enviadas para os gabinetes de dois senadores e para meios de comunicação em Nova York e na Flórida.

O FBI disse que as operações da Casa Branca não foram afetadas pelo incidente com a ricina, um veneno encontrado naturalmente na mamona e que mata num prazo de 36 a 72 horas depois da exposição, mesmo em pequenas quantidades. Não há antídoto disponível.

Embora exista na natureza, é preciso um esforço deliberado para transformar a ricina em uma arma biológica.

(Reportagem adicional de Tabassum Zakaria, Mark Hosenball, Deborah Charles e Patricia Zengerle)

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