Geórgia realiza 2º turno e define controle do Senado
Situação política de Biden durante Presidência está em jogo
O estado da Geórgia volta às urnas nesta terça-feira (05) para definir quais serão os dois senadores a representar a localidade e também para determinar se o Senado dos Estados Unidos terá maioria republicana ou democrata pelos próximos dois anos.
Estão disputando as vagas os atuais senadores pela Geórgia, os republicanos David Perdue e Kelly Loeffler, contra os democratas Jon Ossoff e Raphael Warnock, respectivamente. A disputa nas urnas está indo para o segundo turno porque nenhum deles obteve mais de 50% dos votos em 3 de novembro.
Até as eleições desse ano, uma vitória dos republicanos seria considerada certa. No entanto, a surpreendente vitória do presidente eleito, Joe Biden, em novembro mudou completamente o cenário. O estado não elegia um democrata desde 1992, quando Bill Clinton virou presidente.
Atualmente, o Senado conta com 48 democratas e 50 republicanos - sendo que esses últimos só precisam a eleição de um dos dois candidatos para se manter no controle. Se os democratas empatarem, o voto de minerva em disputas importantes ficará a cargo da vice-presidente eleita, Kamala Harris, a partir de 20 de janeiro. Ou seja, o controle será do partido de Joe Biden - assim como na Câmara dos Representantes, que manteve a maioria democrata.
A Geórgia, inclusive, está nos holofotes além da disputa eleitoral por conta da revelação de uma ligação do atual mandatário, Donald Trump, para o secretário de Estado, o republicano Brad Raffensperger, para que ele "encontrasse" 11.780 votos para ele vencer a disputa de 3 de novembro - um a mais do que teve Biden. No entanto, o resultado no estado já foi checado por três vezes e, em todas, o democrata venceu pela mesma diferença.
Trump e Biden, bem como seus vices Mike Pence e Harris, respectivamente, participaram ativamente da campanha eleitoral no estado, com viagens frequentes à Geórgia.
Nesta segunda-feira (04), Trump estava fazendo comícios e, voltando a usar as acusações infundadas de fraude no pleito de 3 de novembro, disse que "não podemos permitir que os democratas roubem também o Senado".
Segundo as últimas pesquisas eleitorais, o democrata Warnock aparece à frente de Loeffler; já ente Perdue e Ossoff, as intenções de votos estão empatadas.
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