PUBLICIDADE

Estados Unidos

EUA: juiz federal proíbe revista "exagerada" aos presos de Guantánamo

12 jul 2013 - 02h43
(atualizado às 02h46)
Compartilhar
Exibir comentários

Um juiz federal em Washington proibiu nesta quinta-feira que os guardas de segurança realizarem uma revista "exagerada" nos detentos da prisão de Guantánamo, os quais tinham que ter seus órgãos genitais verificados antes de se reunirem com seus advogados.

O juiz Royce C. Lamberth opinou que a prática estabelecida no último mês de maio, de revistar os réus, inclusive seus genitais, antes que estes se reunissem com seus advogados, é uma "resposta exagerada" em nome da segurança no penal.

"A opção entre se submeter a um procedimento de registro que é religioso e culturalmente aborrecível ou renunciar a um advogado na realidade não é uma opção para muçulmanos devotos como os peticionários", afirmou Lamberth, nomeado em seu cargo durante o governo do republicano Ronald Reagan.

Lamberth, principal juiz do tribunal federal em Washington, respondeu assim ao pedido apresentado pelo advogado David Remes em nome de vários presos que se mostravam a favor do fim da prática.

Em um documento de 35 páginas, Lamberth ordenou que os guardas de segurança recorram ao método antigo de revista, no qual o réu era pego pela cintura e tinha suas calças sacudidas.

Os departamentos de Justiça e Defesa dos EUA não se pronunciaram sobre essa decisão do juiz, alegando que a mesma estava sendo revisada.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade