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Equipe vê Trump como criança e idiota, diz autor de livro

Autor de controverso livro garante veracidade de tudo o que escreveu, apesar de o presidente ter afirmado que a obra está cheia de mentiras

5 jan 2018 - 14h40
(atualizado às 14h55)
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O autor do novo livro sobre o presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (05/11) que os membros da equipe do mandatário o veem como uma criança e o chamam de idiota.

Autor ironizou críticas e agradeceu presidente por impulsionar interesse pela obra
Autor ironizou críticas e agradeceu presidente por impulsionar interesse pela obra
Foto: DW / Deutsche Welle

Em sua primeira entrevista desde a controvérsia sobre seu livro, cujas vendas começaram nesta sexta, o jornalista de 64 anos agradeceu ironicamente a Trump por suas críticas e pela tentativa de seus advogados de impedirem a publicação. "Para onde devo enviar a caixa de chocolates?", perguntou, sarcástico, em entrevista ao programa Today, da emissora americana NBC.

"Ele não apenas está me ajudando a vender livros, ele está mostrando que a conclusão do livro é verdadeira. É extraordinário que o presidente dos Estados Unidos esteja tentando parar a publicação de um livro", disse o jornalista.

Ele ressaltou que sustenta "absolutamente" a veracidade de todo o conteúdo do livro, apesar das alegações da Casa Branca de que ele está cheio de "falsidades", e disse que "100%" dos assessores de Trump têm uma opinião negativa sobre ele, incluindo sua filha Ivanka e seu genro, Jared Kushner.

"Como uma criança"

"Todos dizem que ele é como uma criança", disse Wolff. "Dizem que ele é um imbecil, um idiota. Há uma competição para tentar chegar ao fundo de quem é esse homem", acrescentou. "Este homem não lê, ele não escuta, é como uma bola de fliperama, indo para todos os lados."

Wolff também ironizou as críticas que recebeu de Trump. "Quem está questionando minha credibilidade é um homem que neste momento tem, talvez, a credibilidade mais baixa do que qualquer um que já tenha pisado na Terra", disse.

O jornalista declarou-se "confortável" com tudo que incluiu no livro, chamado Fire and Fury (fogo e fúria) e cuja venda foi adiantada em quatro dias devido à enorme demanda gerada pelo confronto público entre Trump e seu ex-conselheiro Steve Bannon, a partir de declarações contidas no livro.

No entanto, Wolff enfatizou que a publicação "não é sobre Steve Bannon, mas sobre Donald Trump", embora o ex-conselheiro seja o "exemplo mais claro" daqueles que achavam que o magnata poderia ser um bom presidente e chegou "à conclusão de que ele não pode fazer esse trabalho".

Em um tuíte na quinta-feira, Trump disse que o livro está "cheio de mentiras, falsas declarações e fontes que não existem" e que ele "muitas vezes" rejeitou os pedidos de entrevista de Wolff.

O jornalista assegurou, no entanto, que conversou um total de cerca de três horas com Trump para seu livro, durante a campanha eleitoral e após Trump ter tomado posse. "Se ele percebeu que se tratava de uma entrevista, eu não sei", assegurou o escritor, frisando que não houve acordo para que o conteúdo da conversa não fosse publicado. Ele sublinhou que tem gravações e anotações de tudo.

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