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Eleições nos EUA

Contra desinformação, Facebook derruba grupo pró-Trump que ganhou 360 mil membros em 48h

'O grupo foi organizado em torno da deslegitimação do processo eleitoral e vimos menções preocupantes à violência por parte de alguns membros do grupo', justificou rede social.

6 nov 2020 - 07h32
(atualizado às 13h23)
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O Facebook baniu na tarde desta quinta-feira (5/11) o grupo "Stop the Steal" (algo como "parem a roubalheira", em tradução livre), criado por apoiadores de Donald Trump que alegam, sem provas, fraudes no processo eleitoral dos Estados Unidos.

Página no Facebook questionando processo eleitoral nos EUA havia tido um crescimento exponencial nas últimas 48h, reunindo mais de 360 mil pessoas
Página no Facebook questionando processo eleitoral nos EUA havia tido um crescimento exponencial nas últimas 48h, reunindo mais de 360 mil pessoas
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Descrita como um grande repositório de teorias de conspiração, a página havia tido um crescimento exponencial nas últimas 48h, reunindo mais de 360 mil pessoas.

O grupo ecoa críticas feitas pelo presidente Donald Trump, que aparece atrás do oponente Joe Biden na contagem parcial de votos no país.

Trump e sua equipe tentam paralisar a apuração ou pedir recontagem de votos em pelo menos quatro Estados americanos.

No grupo, apoiadores organizavam pelo menos 12 protestos pedindo a paralisação das eleições.

Alguns dos membros defendiam o uso de armas nas manifestações e falavam em guerra civil no caso de uma derrota do candidato republicano.

Em nota à imprensa, o Facebook confirmou a remoção.

"Em linha com as medidas excepcionais que estamos tomando neste período de tensão elevada, removemos o Grupo 'Stop the Steal', que estava organizando eventos do mundo real", disse um porta-voz.

"O grupo foi organizado em torno da deslegitimação do processo eleitoral e vimos menções preocupantes à violência por parte de alguns membros do grupo".

Desde esta quarta-feira, o presidente americano exige que a apuração dos votos seja interrompida, alegando que o Partido Democrata tentaria fraudar a votação que determinará quem liderará os Estados Unidos pelos próximos quatro anos.

Os apelos da campanha do republicano foram arquivados em Michigan e na Geórgia.

Na Pensilvânia, a campanha conquistou o direito a ter observadores acompanhando a contagem de votos enviados pelo correio.

Trump ainda tenta paralisar a contagem na Geórgia.

Até a publicação desta reportagem, Biden tem vantagem em Nevada e Arizona. Trump está na frente na Geórgia e na Pensilvânia, onde a distância entre os dois candidatos vem diminuindo.

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