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Estado Islâmico reivindica ataque a rede de TV na capital afegã

7 nov 2017 - 11h13
(atualizado às 11h26)
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O grupo militante Estado Islâmico assumiu nesta terça-feira a responsabilidade por um ataque contra um canal de televisão em Cabul durante o qual homens armados disfarçados de policiais mataram um segurança e abriram fogo contra funcionários, o atentado mais recente a trabalhadores do setor de mídia do Afeganistão.

Forças de segurança do Afeganistão são vistas do lado de fora de local de ataque em Cabul 07/11/2017 REUTERS/Omar Sobhani
Forças de segurança do Afeganistão são vistas do lado de fora de local de ataque em Cabul 07/11/2017 REUTERS/Omar Sobhani
Foto: Reuters

Forças especiais afegãs contiveram o ataque contra a Shamshad TV, uma emissora particular que transmite na língua pachto e fica próxima do estádio nacional, depois de cerca de duas horas, mas a polícia disse que ao menos duas pessoas foram mortas e 20 ficaram feridas.

"Pessoas vestidas com roupas da polícia entraram e inicialmente atiraram granadas de mão, que mataram um dos nossos guardas e feriram outro", disse Abed Ehsas, diretor de notícias do Shamshad, à rede Tolo News TV.

"Depois disso, outros entraram em nosso edifício e começaram a disparar. Alguns de nossos colegas foram atingidos, mas, graças a Deus, muitos outros conseguiram sair. Alguns foram feridos por tiros, vidro estilhaçado e quando saltaram de andares altos."

Durante o ataque, uma unidade das forças especiais abriu um buraco na parede de concreto ao redor do complexo e entrou no local em meio a uma saraivada de tiros. Ao menos um dos agressores foi morto durante a operação, e outro foi morto na entrada do complexo.   

Em um comunicado à sua própria agência de notícias Amaq, o Estado Islâmico assumiu a autoria da ação, sem apresentar provas. O grupo, sediado principalmente em Nangarhar, província do leste do país, reivindicou uma série de atentados contra alvos civis na capital afegã.

Pouco depois do início do ataque, o principal porta-voz do Taliban, Zabihullah Mujahid, emitiu uma negativa imediata de envolvimento.

Ataques suicidas se tornaram algo terrivelmente familiar no cotidiano de Cabul, hoje considerada um dos lugares mais perigosos do Afeganistão para civis, mas a ação desta terça-feira foi a mais recente de uma série visando jornalistas e integrantes da mídia do país.

No ano passado um homem-bomba do Taliban matou sete membros da Tolo, a maior estação de TV privada afegã. Em maio o Estado Islâmico reivindicou a autoria de um ataque suicida contra o canal estatal RTA em Jalalabad, cidade do leste.

O atentado desta terça-feira, que ressaltou a impressão de insegurança crônica em Cabul, ocorreu três semanas depois de uma série de ataques, incluindo um contra uma mesquita xiita da cidade que deixou mais de 50 mortos.

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