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Escolha de gabinete do Zimbábue mostrará se Mnangagwa está rompendo com passado

27 nov 2017 - 14h43
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O novo presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, deve formar um novo gabinete nesta semana, com todos os olhos voltados para ver se ele irá romper com o passado e nomear um governo de base ampla ou se irá selecionar antigas figuras da era de Robert Mugabe.

Emmerson Mnangagwa toma posse como presidente do Zimbábue
 24/11/2017    REUTERS/Philimon Bulawayo
Emmerson Mnangagwa toma posse como presidente do Zimbábue 24/11/2017 REUTERS/Philimon Bulawayo
Foto: Reuters

Interessa particularmente quem ele escolherá como ministro de Finanças para substituir Ignatius Chombo, que estava entre membros de um grupo de aliados de Mugabe e sua esposa, Grace, que foram detidos e expulsos do partido governista. Chombo está enfrentando acusações de corrupção e ficará sob custódia até julgamento.

Em um sinal preliminar de que Mnangagwa pode fazer as coisas de maneira diferente, o partido governista Zanu-PF cortou o orçamento para um congresso especial que acontecerá no próximo mês e reduziu sua duração pela metade, relatou o jornal estatal Herald, nesta segunda-feira.

Mnangagwa tomou posse como presidente na última sexta-feira depois que Mugabe, de 93 anos, renunciou ao cargo sob pressão do Exército.

Mnangagwa se comprometeu a reconstruir a devastada economia do Zimbábue e a servir a todos os cidadãos. Mas, por de trás da retórica, muitos se perguntam se um homem que serviu fielmente a Mugabe por décadas pode trazer mudanças a um governo acusado de sistemáticos abusos de direitos humanos e políticas econômicas desastrosas.

"A composição do novo governo mostrará um caminho claro se continuamos com o status quo ou uma clara ruptura com o passado que nós precisamos para construir um Estado sustentável. É uma escolha simples", disse o ex-ministro de Finanças e líder da oposição Tendai Biti.

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