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Erdogan diz que fitas de Khashoggi foram entregues a importantes países estrangeiros

10 nov 2018 - 11h47
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A Turquia entregou gravações relacionadas à morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi para Arábia Saudita, Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido, disse o presidente turco, Tayyip Erdogan, neste sábado.

Fontes turcas anteriormente haviam dito que autoridades tinham uma gravação de áudio supostamente documentando o assassinato.

"Demos as fitas. Demos as fitas para Arábia Saudita, para o Estados Unidos, alemães, franceses e britânicos, todos eles. Eles ouviram todas as conversas nelas. Eles sabem", afirmou Erdogan.

Khashoggi, um colunista do Washington Post crítico do governo saudita e seu governante de facto, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, desapareceu no consulado saudita em Istambul em 2 de outubro.

Autoridades sauditas disseram inicialmente que Khashoggi havia deixado o consulado, afirmando depois que ele tinha morrido em uma operação não planejada. O promotor público do reino saudita, Saud al-Mojeb, desde então disse que ele foi morto em um ataque premeditado.

Falando antes de partir para França para atender às comemorações que marcam o 100º aniversário do fim da 1ª Guerra Mundial, Erdogan pediu que a Arábia Saudita identifique o assassino entre a equipe de 15 homens que chegou na Turquia dias antes da morte de Khashoggi.

"Não há necessidade em distorcer essa questão, eles sabem com certeza que o assassino, ou assassinos, estão entre as 15 pessoas. O governo saudita pode revelar isso fazendo essas 15 pessoas falarem", afirmou Erdogan.

O presidente turco ainda acusou Mojeb, que visitou Istambul para discutir a investigação com seu equivalente na Turquia e fazer inspeções no consulado, de recusar-se a cooperar, atrasando o processo.

Após encontro neste sábado em Paris, o presidente Donald Trump e o francês Emmanuel Macron concordaram que autoridades sauditas precisavam esclarecer o assassinato de Khashoggi, de acordo com uma fonte na presidência francesa.

Eles também concordaram sobre a importância de não permitir que o assunto cause mais desestabilização no Oriente Médio e que pode criar uma oportunidade para encontrar uma resolução política à guerra no Iêmen, segundo a fonte.

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