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"Eram criancinhas que ainda dormiam", diz primeiro-ministro da Tailândia ao lamentar chacina em creche

Ao todo, morreram 36 pessoas, dentre elas, 22 crianças; atirador se suicidou após ataque

6 out 2022 - 20h53
(atualizado às 22h58)
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Ex-policial se matou após fazer massacre em creche na Tailândia
Ex-policial se matou após fazer massacre em creche na Tailândia
Foto: Divulgação/Governo Tailândia / Ansa - Brasil

Caixões rosas e brancos com detalhes dourados e com os corpos das 22 crianças mortas em um ataque com armas e facas na Tailândia foram carregados em um caminhão na noite de quinta-feira e levados embora na escuridão.

O vice-primeiro-ministro da Tailândia, Anutin Charnvirakul, juntou as mãos e curvou a cabeça quando o caminhão, seguido por ambulâncias que transportavam os corpos de outras vítimas, partiu na pequena cidade de Na Klang, no nordeste da Tailândia.

"Todos os tailandeses, e todas as pessoas ao redor do mundo que sabem disso... vão se sentir tão deprimidos e tristes", disse Anutin.

As crianças foram mortas na quinta-feira por um ex-policial que, segundo testemunhas, invadiu uma creche e começou a atirar e a esfaquear os que estavam do lado de dentro.

Ao todo, 36 pessoas foram mortas por Panya Khamrapm, que, segundo a polícia, foi dispensado do serviço no ano passado por uso de drogas, e compareceu a uma audiência judicial por acusações relacionadas a narcóticos momentos antes do ataque.

Depois de voltar para casa, a polícia disse que Panya matou sua esposa e filho antes de apontar a arma para si mesmo.

Equipes de resgate já haviam levado os corpos das vítimas para uma delegacia de polícia local e os colocado nos caixões enquanto a equipe médica se reunia solenemente e os parentes dos mortos se juntavam, alguns enxugando as lágrimas.

"Ninguém quer que isso aconteça. É uma cena que ninguém quer ver. É angustiante", disse Piyalak Kingkaew, que liderou a equipe de resgate que foi a primeira a chegar.

Sua equipe compartilhou imagens com a Reuters da cena do massacre na creche, que mostrava corpos minúsculos estendidos em cobertores.

O corpo de um menino vestido com uma camisa do Manchester United foi visto em uma colcha do Ursinho Pooh em um quarto com paredes decoradas com animais de desenho animado.

"Estamos acostumados a ver um grande número de corpos, já passamos por isso antes, mas este incidente é o mais angustiante de todos", acrescentou Piyalak. "Eram criancinhas que ainda dormiam".

((Tradução Redação São Paulo))

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