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Equador pedirá antecedentes criminais de cidadãos venezuelanos em seu território

21 jan 2019 - 16h26
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O Equador passará a exigir, a partir desta segunda-feira, que cidadãos venezuelanos que desejem entrar em seu território apresentem antecedentes criminais, como parte de medidas para o controle dos imigrantes, disse o vice-presidente equatoriano, Otto Sonnenholzner.

Vice-presidente do Equador, Otto Sonnenholzner, durante cerimônia em Quito
11/12/2018 REUTERS/Daniel Tapia
Vice-presidente do Equador, Otto Sonnenholzner, durante cerimônia em Quito 11/12/2018 REUTERS/Daniel Tapia
Foto: Reuters

A medida é adotada depois que um venezuelano atacou uma jovem grávida com uma faca na noite de sábado em uma rua movimentada da cidade de Ibarra, no norte do país, na presença de diversos policiais, despertando a preocupação de autoridades.  

"Sem generalizações, mas com a mão firme, hoje devemos diferenciar os venezuelanos que fogem do governo de (Nicolás) Maduro e outros que se aproveitam dessa situação para cometer crimes, por isso os controles serão fortalecidos", disse Sonnenholzner.

"A partir de hoje e, tendo em vista que o governo venezuelano separou o seu país da Comunidade Andina, se exigirá para todos os seus cidadãos a apresentação do passado judicial apostilado", acrescentou falando a uma rede de rádio e televisão.

Sonnenholzner disse que Caracas se nega a entregar uma base de dados sobre os seus cidadãos para verificar as informações dos que chegam ao Equador, fugindo de uma grave crise econômica e política que abala a Venezuela.

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, acusou o presidente do Equador, Lenín Moreno, e o seu governo de incitar "uma perseguição fascista contra os venezuelanos no Equador". Em publicação no Twitter, Arreaza também relembrou que na "Venezuela vivem centenas de milhares de equatorianos e nunca foram discriminados".

No domingo, o governante equatoriano anunciou que estabelecerá brigadas de controle da situação legal dos venezuelanos em ruas, lugares de trabalho e de fronteira, desencadeando críticas de organizações de imigrantes que temem que se inicie uma perseguição contra eles.

O assassinato da jovem e a atuação dos policiais provocou indignação entre a população equatoriana, e o governo pediu que os cidadãos evitem atos de violência contra os venezuelanos.

No ano passado, cerca de 1,3 milhão de venezuelanos entraram no território equatoriano, mas a maioria seguiu até o Peru ou o Chile.

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