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Enfraquecida, premiê britânica supera desafios finais ao Brexit no Parlamento

13 jun 2018 - 18h53
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A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, derrotou nesta quarta-feira os desafios finais para seu projeto do Brexit no Parlamento, deixando quase intactos os planos para saída do Reino Unido da União Europeia, mas sua autoridade enfraquecida.

Theresa May comanda reunião em Londres
 13/6/2018    Stefan Rousseau/Divulgação via Reuters
Theresa May comanda reunião em Londres 13/6/2018 Stefan Rousseau/Divulgação via Reuters
Foto: Reuters

Parlamentares apoiaram a posição do governo de rejeitar emendas ao projeto de lei de saída da UE que desafiavam o comprometimento de May em deixar a união aduaneira e o mercado único do bloco, mantendo a forma geral de sua estratégia do Brexit intacta que transformará as relações de comércio do Reino Unido por décadas.

Mas foi uma votação no Parlamento na terça-feira que a deixou aparentemente à mercê de dois grupos no Partido Conservador - aqueles que querem manter os laços mais próximos possíveis com a UE e outros que pressionam por uma ruptura total.

Um acordo que neutralizou uma possível rebelião sobre dar ao Parlamento mais controle sobre a saída do Reino Unido da UE parecia estar em perigo de desmoronar nesta quarta-feira, quando os dois lados discutiram sobre o formato de um possível meio-termo sobre um "voto significativo".

Antes da votação, ela assegurou a parlamentares que irá honrar sua promessa e lidar com as "preocupações levantadas quanto ao papel do Parlamento em relação ao processo do Brexit".

Houve pouca dúvida de que o governo iria vencer no que diz respeito à união aduaneira e o mercado único, que alguns parlamentares pró-UE dizem ser a única maneira do Reino Unido manter laços próximos economicamente vantajosos com o bloco, com o Partido Trabalhista, da oposição, também dividido sobre relações futuras.

O Parlamento votou por 325 a 298 para rejeitar uma emenda da Câmara dos Lordes que exigia que ministros relatassem seus esforços em negociações para assegurar uma união aduaneira.

Eles também votaram contra permanecer na Área Econômica Europeia, que oferece acesso livre de tarifas ao mercado único da UE em troca de aceitar movimentação livre de pessoas, bens, serviços e capitais, por 327 a 126.

DISPUTA TRABALHISTA

Os futuros acordos comerciais e aduaneiros do Reino Unido após o Brexit se tornaram um ponto tenso para divisões que não só atingiram o Partido Conservador de May, mas também o Partido Trabalhista.

May havia enfrentado a possibilidade de perder a votação sobre a união aduaneira após rebeldes indicarem apoio a uma mudança apresentada pela Câmara dos Lordes para exigir que ministros relatassem quais esforços fizeram para assegurar uma união aduaneira.

Mas uma proposta do governo de, em vez disto, relatar seus esforços para assegurar um "acordo" aduaneiro foi suficiente para adiar um debate mais intenso sobre políticas do governo, com debates futuros como palco mais provável de uma revolta.

A proposta conquistou muitos rebeldes, mas foi abertamente ridicularizada por Ken Clarke, um conservador veterano que comandou ao menos seis departamentos do governo e que acusou o governo de usar jargão "patético" que é "totalmente sem sentido".

No final, o Parlamento aceitou a proposta.

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