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Empresas da UE tomarão suas próprias decisões sobre negócios com o Irã, diz Macron

17 mai 2018 - 08h57
(atualizado às 10h31)
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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quinta-feira que a Europa tentará proteger suas empresas que fazem negócios com o Irã das sanções dos Estados Unidos impostas devido ao programa nuclear de Teerã, mas que gigantes como a Total  tomarão suas próprias decisões.

Presidente francês, Emmanuel Macron, premiê britânica, Theresa May, e chanceler alemã, Angela Merkel, em Sófia 17/05/2018 REUTERS/Stoyan Nenov
Presidente francês, Emmanuel Macron, premiê britânica, Theresa May, e chanceler alemã, Angela Merkel, em Sófia 17/05/2018 REUTERS/Stoyan Nenov
Foto: Reuters

Macron fez a afirmação no momento em que a maior empresa de transportes por contêineres do mundo, a A.P. Moller-Maersk , seguia o exemplo da grande petroleira francesa dizendo que sairá do Irã, prejudicando os esforços da União Europeia para salvar o acordo nuclear com Teerã e blindar companhias europeias que têm negócios com a República Islâmica.

"Empresas internacionais com interesses em muitos países fazem suas próprias escolhas de acordo com seus interesses. Elas deveriam continuar a ter esta liberdade", disse Macron ao chegar para o segundo dia de conversas de líderes da UE na capital búlgara.

"Mas o que é importante é que as empresas, e especialmente as empresas de médio porte, que talvez sejam menos expostas a outros mercados, americanos ou outros, possam fazer esta escolha livremente".

A UE que salvar o pacto nuclear, que oferece a suspensão de sanções econômicas ao Irã em troca de limites em seu programa nuclear, e a Europa o vê como um elemento importante da segurança internacional.

Mas autoridades do bloco dizem não haver maneira fácil de proteger companhias da UE das sanções dos EUA e que o bloco precisará de tempo para elaborar o que provavelmente será uma combinação complexa de medidas nacionais e da UE.

Ignorando o apoio europeu ao acordo nuclear, o presidente norte-americano, Donald Trump, o classificou como "o pior acordo da história" e anunciou a saída de seu país no dia 8 de maio.

Na quarta-feira, a Total disse que pode desistir de um projeto de gás multibilionário a menos que obtenha uma dispensa das sanções de Washington. Teerã vem elogiando o projeto por vê-lo como um símbolo do sucesso do pacto nuclear.

O diretor-executivo da A.P. Moller-Maersk, Soren Skou, disse à Reuters nesta quinta-feira que sua firma está seguindo o mesmo caminho.

"Com as sanções que os americanos imporão, não se pode fazer negócio no Irã se você também faz negócio nos EUA, e os temos em larga escala", explicou ele em uma entrevista após a divulgação do relatório do primeiro trimestre da companhia.

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