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Em último debate, favorito à Presidência do México diz que colapso do Nafta "não é fatal"

13 jun 2018 - 09h20
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O colapso do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) não seria fatal ao México, afirmou o candidato esquerdista e favorito a vencer a eleição presidencial do país. André Manuel López Obrador, na terça-feira, enquanto mantinha a calma diante dos ataques de seus rivais no último debate televisionado antes das eleições marcadas para o dia 1º de Julho. 

Andrés Manuel López Obrador faz pronunciamento ao chegar para terceiro debate entre candidatos à Presidência do México, em Mérida
13/06/2018 REUTERS/Lorenzo Hernandez
Andrés Manuel López Obrador faz pronunciamento ao chegar para terceiro debate entre candidatos à Presidência do México, em Mérida 13/06/2018 REUTERS/Lorenzo Hernandez
Foto: Reuters

Perguntado sobre o que faria caso falhassem as negociações para renegociar o acordo que sustenta a grande maioria do comércio do país, López Obrador disse que redirecionaria a economia para o mercado interno, ressuscitando a economia rural. 

"Irei sugerir que o tratado continue, mas (o fim do Nafta) não pode ser fatal aos mexicanos, nosso país tem muitos recursos naturais, muita riqueza", disse em discussão em mesa redonda entre os quatro candidatos na cidade de Mérida. 

Extensas negociações convocadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para modernizar o Nafta chegaram a um impasse desde que o presidente norte-americano impôs tarifas sobre importações de aço e alumínio a seus principais parceiros comerciais. 

Com apenas pouco mais de duas semanas antes dos eleitores irem às urnas, o debate foi uma das últimas chances para os candidatos que querem diminuir a liderança do esquerdista López Obrador na corrida presidencial.

Os quatro candidatos discutiram sobre suas visões de mudanças para os sistemas educacional e de saúde pública do México, mas, aparentemente, ninguém atingiu nenhum golpe decisivo o bastante para alterar o atual cenário eleitoral. 

O ex-prefeito da Cidade do México, que está em sua terceira tentativa de chegar à Presidência, saiu ileso dos dois debates anteriores e desde então só amplia sua vantagem de dois dígitos na maioria das pesquisas. 

Ele tem o dobro do apoio de Ricardo Anaya, que lidera uma coalizão de direita-esquerda, de acordo com uma pesquisa nacional publicada no início da terça-feira. 

López Obrador novamente prometeu financiar grandes projetos ao terminar com a corrupção, mas foi acusado por Anaya de distribuir contratos sem licitações públicas quando era prefeito da Cidade do México. 

O esquerdista negou as acusações e Anaya levantou um cartaz que direcionava os espectadores a um website que teria evidências para suas acusações. 

O endereço eletrônico, no entanto, não funcionava, e o partido de centro-direito Partido de Ação Nacional (PAN), que era chefiado por Anaya, disse no Twitter que o site havia sofrido um ataque virtual da Rússia. 

O PAN não comentou mais o assunto imediatamente e a Reuters não conseguiu verificar independentemente a acusação de que o endereço havia recebido dezenas de milhares de acessos simultâneos de endereços russos. 

López Obrador, de 64 anos, se beneficiou do amplo desencantamento com o atual partido do governo, o Partido Revolucionário Institucional (PRI), diante de escândalos de corrupção política, níveis recordes de violência e vagaroso crescimento econômico.

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759)) REUTERS ES

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