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Em reunião, Trump diz que pode ir a abertura de embaixada em Jerusalém e Netanyahu confronta Irã

5 mar 2018 - 17h43
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que pode viajar a Israel para a abertura de uma nova embaixada dos EUA no país, e ele e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mostraram união em sua postura de confrontação do Irã durante um encontro na Casa Branca.

Trump cumprimenta Netanyau na Casa Branca
 5/3/2018    REUTERS/Kevin Lamarque
Trump cumprimenta Netanyau na Casa Branca 5/3/2018 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

A decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir a embaixada de Tel Aviv para lá reverteu décadas de política externa norte-americana, irritou aliados árabes e complicou as tentativas de seu governo de ressuscitar as conversas de paz israelo-palestinas, emperradas há tempos.    Trump, com Netanyahu ao seu lado no Salão Oval, disse estar cogitando aquela que seria sua segunda visita a Jerusalém como presidente. A inauguração da embaixada está planejada para maio.    "Estamos pensando em ir", Trump disse. "Se puder, irei".    Envolvido em investigações de corrupção que ameaçam sua sobrevivência política, Netanyahu - que na sexta-feira foi interrogado pela polícia em casa - se deparou com uma atenção diferente durante sua visita de cinco dias aos EUA.    O empenho de Trump em mudar ou descartar o acordo nuclear de 2015 do Irã com grandes potências e os temores com a atuação iraniana na Síria estiveram no topo da pauta de suas conversas com Netanyahu, relataram autoridades norte-americanas e israelenses.

Os dois líderes vêm protestando há tempos contra o acordo, citando sua duração limitada e o fato de que não contempla o programa de mísseis balísticos de Teerã ou seu apoio a militantes anti-Israel na região.    "Se eu tivesse que dizer qual é o maior desafio no Oriente Médio para nossos dois países, para nossos vizinhos árabes, está encapsulado em uma palavra: Irã", disse Netanyahu. "O Irã precisa ser contido. Este é nosso desafio comum".

Trump ameaçou retirar seu país do acordo a menos que seus aliados europeus ajudem a "consertá-lo" com um acordo subsequente. Uma autoridade israelense disse que Netanyahu e Trump devem debater como superar a resistência europeia sobre a questão.

Israel vem acusando Teerã de buscar uma presença militar permanente na Síria, onde forças apoiadas pelo Irã apoiam o presidente Bashar al-Assad em uma guerra civil.    Trump deu a entender que os palestinos estão ansiosos para voltar às negociações com Israel, e disse que se não estiverem "não se tem paz".    Não se espera nenhum grande avanço ou anúncio do encontro entre Trump e Netanyahu, cujo relacionamento com o presidente dos EUA é um dos mais próximos que ele tem com qualquer líder mundial.

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