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Em meio a protestos, Lasso reduz preço de combustíveis

Presidente também é alvo de processo de impeachment no Congresso

27 jun 2022 - 13h18
(atualizado às 13h33)
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Em meio a protestos nacionais que se arrastam há duas semanas, o presidente do Equador, Guillermo Lasso, anunciou neste domingo (26) um corte de US$ 0,10 no preço do galão do diesel e da gasolina. A medida é uma tentativa de conter as manifestações nacionais.

Protestos se arrastam há 15 dias no Equador
Protestos se arrastam há 15 dias no Equador
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Com isso, o preço do diesel chegará a US$ 1,80/galão e da gasolina a US$ 2,45/galão. Também houve a revogação do estado de emergência em seis províncias do país.

O corte, porém, não foi considerado "suficiente" pela Confederação das Nacionalidades Indígenas (Conaie), que lidera os protestos. Para a organização, os preços do diesel e da gasolina precisavam cair para US$ 1,50 e US$ 2,10, respectivamente. Em menos de um ano, os valores dos dois combustíveis dispararam no país, subindo 90% no diesel e 46% na gasolina.

A nota da Conaie ainda questiona quais serão as garantias de que o valor será reduzido nos postos de combustíveis e voltou a acusar o governo Lasso de "não mostrar compaixão pela situação de pobreza das famílias equatorianas".

Impeachment

Para além dos protestos, que começaram no dia 12 no sul do país e já paralisam a capital Quito, Lasso também enfrenta um debate sobre um impeachment contra ele no Congresso.

Durante todo o fim de semana, os congressistas debateram a situação e vários ainda devem discursar sobre o tema. Uma terceira sessão foi marcada para esta terça-feira (28) e ainda não há prazo para a votação. Após serem encerradas as exposições dos congressistas, há o prazo legal de 72 horas para fazer o pleito.

Um presidente pode ser destituído se tiver 92 dos 137 votos no Congresso.

Mas, para esta segunda, os congressistas vão ouvir os ministros do Interior e da Defesa sobre a repressão aos protestos atuais no país. Ao menos um líder indigenista morreu e diversos ficaram feridos nos atos.

Lasso assumiu o poder em maio do ano passado e seu governo vem sendo marcado por crises de segurança e públicas. Rebeliões em presídios mataram mais 118 pessoas em outubro do ano passado, no maior massacre do tipo na história do Equador. Além disso, ele responde por fraude fiscal em meio ao escândalo mundial Pandora Papers.

Caso o impeachment seja aprovado, o vice, Alfredo Borrero, assumiria interinamente e novas eleições gerais seriam convocadas para cumprir sua função até o fim da legislatura, em 2025. .

Ansa - Brasil   
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