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Mundo

Em meio a crise, embaixador dos EUA na China deixa cargo

Branstad deixará função no início de outubro e voltará para Iowa

14 set 2020 - 08h52
(atualizado às 09h01)
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O embaixador norte-americano na China, Terry Branstad, anunciou nesta segunda-feira (14) que deixará o cargo no início do mês de outubro para retornar para seu estado natal, Iowa, informou em nota a representação diplomática em Pequim.

Branstad assumiu o cargo em 2017 e deixará o posto em outubro deste ano
Branstad assumiu o cargo em 2017 e deixará o posto em outubro deste ano
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O comunicado ressalta que Branstad já tinha informado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sua decisão na semana passada.

"Fizemos progressos significativos e não desistiremos de conquistar novos resultados. Estamos reequilibrando a relação EUA-China de maneira que seja igualitária e recíproca e possa alimentar um crescimento positivo entre os dois países", disse o embaixador na nota referindo-se à fase um do acordo comercial entre Pequim e Washington.

Pouco antes da confirmação oficial da Embaixada, o secretário de Estado, Mike Pompeo, havia se manifestado sobre os rumores da saída de Branstad e ressaltou o perfil do diplomata.

"O presidente Donald Trump havia escolhido Branstad pela experiência de mais de 10 anos na relação com a China. Ele o descreveu como a melhor pessoa para representar a administração e defender os interesses e os ideais norte-americanos nessa importante relação", escreveu Pompeo no Twitter.

- Crise EUA x China: O norte-americano de 73 anos, que já foi governador de Iowa por dois mandatos, havia sido nomeado por Trump em maio de 2017.

Apesar de deixar uma mensagem mais "positiva" em sua despedida, ele deixa a função em um momento de alta tensão diplomática entre as duas nações.

Inúmeras são as sanções do governo Trump contra Xi Jinping - seja por crises políticas em Hong Kong, no Tibete ou na região de Xinjiang, onde está concentrada a minoria uigur, seja pela guerra comercial no que tange às questões do 5G com a Huawei ou o suposto fornecimento de informações pelos apps TikTok e WeChat. Todas foram respondidas pelo governo chinês.

No maior episódio da crise diplomática, em julho, houve o fechamento do consulado chinês em Houston, no Texas. Como resposta, a China fechou a representação norte-americana em Chengdu.

No início de setembro, os ânimos voltaram a se acirrar com a decisão de Pompeo de aplicar novas restrições aos trabalhos dos diplomatas chineses nos EUA. Segundo o secretário de Estado, a medida foi baseada na "reciprocidade" pelo tratamento dado por Pequim aos norte-americanos.

No entanto, na última semana, o Ministério das Relações Exteriores chinês anunciou que adotaria as mesmas medidas contra os funcionários consulares norte-americanos que estão no país. .

Ansa - Brasil   
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