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Mundo

Em discurso na ONU, Donald Trump ataca Irã e China

Presidente também abordou temas como migrantes e Brexit

24 set 2019 - 12h33
(atualizado às 12h41)
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Em seu discurso na 74ª Assembleia das Nações Unidas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a China de quebrar promessas à comunidade internacional de se adaptar a regras de mercado após sua admissão na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Em discurso na ONU, Donald Trump ataca Irã e China
Em discurso na ONU, Donald Trump ataca Irã e China
Foto: EPA / Ansa - Brasil

    Segundo o republicano, a entrada da China na OMC ocorreu em 2001, como uma maneira de obrigar os asiáticos de liberarem a economia e seguir os padrões, mas isso não ocorreu. "Essa teoria foi testada e está errada. A China não adotou reformas", afirmou.

    "A China não apenas se recusou a adotar reformas prometidas, como adotou um modelo econômico, dependente de enormes barreiras de mercado, pesados subsídios estatais, manipulação da moeda, dumping de produtos, transferências forçadas de tecnologia e roubo de propriedade intelectual e também segredos comerciais em grande escala", acrescentou o republicano. De acordo com o magnata, cerca de 60 mil fábricas foram fechadas no país desde que os chineses começaram a compor a OMC. Desta forma, Trump defendeu "reformas drásticas" no órgão e advertiu que já acabou o tempo de tolerar os "abusos comerciais" de Pequim.

    Para ele, a segunda maior economia do mundo não deve ser considerada um país em desenvolvimento. Durante seu discurso, o chefe de Estado norte-americano pediu para a China proteger "meios democráticos de vida" em Hong Kong, em meio aos protestos realizados no território. Trump ainda defendeu que os "globalistas" jamais vão triunfar e ressaltou que o "futuro pertence à soberania e às nações independentes eu protegem seus cidadãos, respeitam seus vizinhos e honram as diferenças que tornam cada país especial e único". O republicano também abordou temas polêmicos como o Irã, a crise migratória, a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), além da Coreia do Norte, aborto e política de armas. Ele ressaltou que o regime iraniano é uma "das maiores ameaças à segurança enfrentadas pelos países que amam a paz" e pediu para as nações não "subsidiarem a sede de sangue do Irã". "O registro de morte e destruição do regime é bem conhecido por todos nós", afirmou Trump, acrescentando que o governo do Irã está desperdiçando a riqueza e o futuro da nação em uma busca fanática por armas nucleares e os meios para entrega-las".

    "Nenhuma nação deve subsidiar a sede de sangue do Irã".

    O presidente dos Estados Unidos mencionou especificamente os ataques contra a petroleira saudita, dizendo que seu governo impôs "o mais alto nível de sanções ao Banco Central e ao fundo soberano do Irã" em resposta. "Enquanto o comportamento ameaçador do Irã continuar, as sanções serão reforçadas", disse.

    Brexit - Ao falar sobre o Brexit, Trump afirmou estar trabalhando em estreita colaboração com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em um novo acordo comercial para depois do divórcio. "Enquanto o Reino Unido se prepara para sair da União Europeia (UE), deixei claro que estamos prontos para concluir um novo e excepcional acordo comercial com o Reino Unido, que trará enormes benefícios para ambos os países", afirmou. Trump classificou o tratado entre ele e o premier britânico de "magnífico". A declaração é dada horas depois do Supremo Tribunal do Reino Unido decidir que o Johnson suspendeu o Parlamento britânico ilegalmente. A decisão histórica foi unânime e um golpe para o premier.

Ansa - Brasil   
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