Eleições regionais impõem derrotas para Le Pen e Macron
Partidos tradicionais de direita e esquerda consolidaram avanços
O segundo turno das eleições regionais na França impuseram duras derrotas para os dois políticos apontados com os principais candidatos para as eleições presidenciais de 2022, o atual mandatário, Emmanuel Macron, e a líder da ultradireita, Marine Le Pen.
Os números de votos deste domingo (27) ainda não foram finalizados, mas já não há mais como os partidos de ambos, o República em Marcha (LREM) e o Reunião Nacional (RN), conquistarem qualquer uma das 13 regiões do país.
Conforme os dados preliminares, as coalizões de direita tradicional, liderada por Os Republicanos, conquistaram sete das 13 regiões. Já a esquerda, capitaneada pelos Partido Socialista e pelos Verdes, conquistou cinco áreas. Houve ainda a vitória de uma sigla regional.
Em números, Os Republicanos obtiveram cerca de 38% dos votos e a coalizão de esquerda teve 34,5%. O que chamou a atenção, novamente, foi a altíssima abstenção que chegou a 66,7%.
A única "vitória" de Le Pen foi pessoal, com ela tendo sido eleita conselheira no departamento de Pas-de-Calais, onde tem sua maior base eleitoral.
Por usa vez, Macron não se manifestou publicamente sobre o péssimo desempenho do LREM. Fontes de seu governo, porém, informaram à emissora "BFM-TV" que não haverá nenhuma mudança brusca na gestão, mas "serão feitos ajustes necessários e limitados".
Enquanto isso, os partidos mais tradicionais veem um avanço que não viviam após a polarização das últimas eleições, quando tanto os conservadores como os socialistas viram seus percentuais de votos desmoronarem.
Agora, é muito provável que ambos tentem emplacar candidatos próprios nas campanhas eleitorais, já que o avanço da sigla de extrema-direita de Le Pen parece ter sido freado. .