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Mundo

Eleição na Nigéria é adiada horas antes do início do pleito

Medida foi duramente criticada pelos principais partidos do país

16 fev 2019 - 11h56
(atualizado às 14h16)
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A Comissão eleitoral da Nigéria informou que a eleição presidencial que seria realizada neste sábado (16) foi adiada para o próximo dia 23 de fevereiro. O anúncio foi feito apenas cinco horas antes do início da votação após uma reunião de emergência. "Prosseguir com a eleição como programado não é mais viável", disse o presidente da Comissão, Mahmood Yakubu, citando questões logísticas. Segundo ele, a medida foi necessária para garantir uma votação livre e justa, já que há relatos de que algumas cédulas não chegaram a todas as regiões do país.

Eleição na Nigéria é adiada horas antes do início do pleito
Eleição na Nigéria é adiada horas antes do início do pleito
Foto: EPA / Ansa - Brasil

    "Foi uma decisão difícil de tomar, mas necessária para o sucesso das eleições e a consolidação da nossa democracia", afirmou Yakubu.

    A Comissão Eleitoral informará mais detalhes sobre o adiamento das eleições no país mais populoso da África na tarde deste sábado (16).

    Em 2015, o governo nigeriano atrasou a eleição por seis semanas sob insegurança.

    A maior potência petroleira do continente irá escolher seu sexto presidente democraticamente eleito desde o fim do regime militar, em 1999. O atual presidente Muhammadu Buhari tenta a reeleição para um segundo mandato e disputa com outros 71 candidatos, além do ex-vice-presidente Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP), seu principal adversário. Os dois principais partidos políticos condenaram rapidamente a medida e acusaram a Comissão de tentar manipular voto. Buhari pediu calma e pediu para que os nigerianos "se abstenham da desordem civil e permaneçam pacíficos, patrióticos e unidos para garantir que nenhuma força ou conspiração atrapalhe nosso desenvolvimento democrático".

    As eleições têm um número recorde de concorrentes (73).

    Ao todo, 84 de 203 milhões de habitantes já estão registrados para eleger o presidente e a composição do Parlamento. Já a escolha de governadores e legisladores também foram remarcadas para o dia 9 de março.

Ansa - Brasil   
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