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Dúvida sobre sanções contra Coreia do Norte aumenta em meio a novas ameaças aos EUA

5 set 2017 - 16h37
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Um diplomata de alto escalão da Coreia do Norte alertou nesta terça-feira que seu país está pronto para enviar mais "pacotes de presentes" aos Estados Unidos enquanto as potências mundiais buscam uma resposta ao teste de armas nucleares mais recente de Pyongyang.

Embaixador norte-coreano na ONU Han Tae Song participa de conferência em Genebra
 5/9/2017    REUTERS/Denis Balibouse
Embaixador norte-coreano na ONU Han Tae Song participa de conferência em Genebra 5/9/2017 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

Han Tae Song, embaixador norte-coreano na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, confirmou que a Coreia do Norte, conhecida oficialmente como República Democrática Popular da Coreia (RDPC), teve sucesso em seu sexto e maior teste com uma bomba nuclear no domingo.

"As medidas recentes de legítima defesa do meu país, a RDPC, são um pacote de presentes endereçado a ninguém mais que os EUA", disse Han em uma conferência de desarmamento.

"Os EUA receberão mais 'pacotes de presentes' de meu país enquanto continuarem a recorrer a provocações irresponsáveis e tentativas fúteis de pressionar a RDPC", acrescentou, sem dar maiores detalhes.

Na segunda-feira a embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, acusou o líder norte-coreano, Kim Jong Un, de "implorar por guerra" com uma série de testes de mísseis e bombas nucleares. Ela exortou o Conselho de Segurança a impor as sanções "mais fortes possíveis" para contê-lo e reprimir seus parceiros comerciais.

Mas o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, disse nesta terça-feira que a iniciativa dos EUA para que o Conselho de Segurança vote novas sanções no dia 11 de setembro é "um pouco prematura". A Rússia é um membro permanente do conselho e tem poder de veto.

"Não acho que conseguiremos apressar isso tanto", disse Nebenzia aos repórteres. Mais cedo nesta terça-feira o presidente russo, Vladimir Putin, descreveu mais sanções como "uma estrada para lugar nenhum".

As ações de Wall Street caíam nesta terça-feira, quando os pregões dos EUA reabriram pela primeira vez desde o teste de bomba nuclear norte-coreano, e o dólar e os títulos do Tesouro também tiveram queda.

As sanções fizeram pouco para impedir Pyongyang de fortalecer sua capacidade nuclear e de mísseis enquanto enfrenta o presidente dos EUA, Donald Trump, que prometeu impedir que o regime seja capaz de atingir o território continental norte-americano com uma arma nuclear.

Haley admitiu que mais sanções contra a Coreia do Norte dificilmente mudarão seu comportamento, mas disse que cortariam o financiamento para seus programas nuclear e de mísseis balísticos.

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