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Dono da Avianca entra na briga pela Alitalia

Empresa está sob intervenção do governo desde 2017

3 jul 2019 - 11h56
(atualizado às 13h14)
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O acionista majoritário da companhia aérea colombiana Avianca, Germán Efromovich, entrou na disputa pela aquisição da Alitalia, maior empresa de aviação civil da Itália e que está sob intervenção do governo nacional.

Prazo para a venda da Alitalia termina em 15 de julho
Prazo para a venda da Alitalia termina em 15 de julho
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Segundo fontes do Ministério do Desenvolvimento Econômico italiano, a novidade foi confirmada pelo chefe da pasta, o vice-premier Luigi Di Maio, durante uma reunião com sindicatos em Roma nesta quarta-feira (3).

Efromovich já havia manifestado seu interesse ao jornal econômico italiano Il Sole 24 Ore e dito que estava disposto a comprar 30% da Alitalia e se tornar seu novo CEO. Acionista majoritário da Avianca - cuja operação é independente de sua homônima no Brasil, que está em recuperação judicial -, Efromovich foi removido recentemente da presidência da empresa por causa de uma disputa com a United Continental.

Negociações

A estatal ferroviária italiana Ferrovie dello Stato (FS) já se ofereceu para comprar a Alitalia, mas negocia a formação de uma joint venture com grupos privados, como a companhia aérea americana Delta e a holding Atlantia, da família Benetton.

Esta última, no entanto, enfrenta resistência em parte do governo por ser a concessionária da Ponte Morandi, em Gênova, cujo desabamento matou 43 pessoas em agosto de 2018.

Na reunião desta quarta com sindicatos, Di Maio também teria confirmado manifestações de interesse oficiais do empresário Claudio Lotito, dono da Lazio, e da companhia italiana de construção civil Toto.

Apesar de os números já terem mudado diversas vezes, as negociações se baseiam em uma divisão que, segundo Di Maio, daria 35% das ações para a FS, entre 10% e 15% para a Delta e 15% para o Tesouro italiano. O restante seria distribuído entre outros parceiros privados.

Com isso, o governo da Itália teria pelo menos 50% da Alitalia, o que a tornaria novamente uma companhia de bandeira, ou seja, controlada pelo Estado.

O prazo para a venda já foi adiado pelo governo diversas vezes, e o limite atual foi fixado em 15 de julho. A empresa está sob intervenção há dois anos e é dividida entre a holding Compagnia Aerea Italiana (51%) e o grupo árabe Etihad Airways.

Ansa - Brasil   
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