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Dois imigrantes morrem em barco à deriva perto da costa da Líbia

17 jul 2018 - 20h07
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Uma mulher e um menino à deriva no Mediterrâneo morreram poucas horas antes de a ajuda chegar a um barco danificado, informou uma equipe de resgate da Espanha na terça-feira, depois de encontrarem uma segunda mulher viva na embarcação, que estava transportando imigrantes para a Europa.

Um barco de resgate operado pela entidade de caridade espanhola Proactiva Open Arms, com um fotógrafo da Reuters a bordo, foi ajudar os três imigrantes, isolados a cerca de 150 quilômetros da costa da Líbia, mas encontrou dois já mortos.

A Proactiva Open Arms informou que os três ficaram desamparados após serem abandonados pelos guardas costeiros da Líbia. Os líbios deixaram o local depois que as duas mulheres se recusaram a embarcar em seu navio-patrulha, junto com um menino de cerca de 4 anos, informou a entidade.

A Guarda Costeira da Líbia contestou o relato, dizendo que resgatou 165 migrantes do barco danificado, e recuperou o corpo de um bebê. Mas não ofereceu explicações sobre como os três migrantes ficaram presos nos restos do pequeno barco.

"Não está em nossa religião, nossa ética ou nossa conduta abandonar vidas humanas no mar, onde só viemos salvá-los", disse a Guarda Costeira em um comunicado. Os migrantes sofreram queimaduras pelo e estavam desidratados depois de passar mais de 60 horas presos no mar.

A Proactiva Open Arms opera na rota mortífera do Mediterrâneo central, onde barcos de ajuda humanitária têm sido bloqueados nos portos italianos desde a promessa do novo governo populista da Itália de reprimir a imigração ilegal da Líbia.

"Quando chegamos, encontramos uma das mulheres ainda viva. Não podíamos fazer nada para salvar a outra mulher e o garoto, que pareciam ter morrido poucas horas antes", disse o fundador da Proactiva Open Arms, Oscar Camps, no Twitter.

O navio de resgate se viu no centro das crescentes tensões políticas no começo deste mês, quando resgatou 60 imigrantes do Mediterrâneo central e os levou para Barcelona depois de ter sido recusado por Malta e pela Itália.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
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