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Disparidade de renda e pandemia serão foco de eleição do novo premiê do Japão

17 set 2021 - 09h42
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Os candidatos ao cargo de primeiro-ministro do Japão prometeram restaurar a confiança pública no partido governista enfrentando a disparidade de renda, a pandemia de coronavírus e a mudança climática ao lançar suas campanhas nesta sexta-feira.

Combinação de fotos de Taro Kono, Fumio Kishida, Sanae Takaichi e Seiko Noda durante entrevista coletiva conjunta em Tóquio
17/09/2021 Kimimasa Mayama/Pool via REUTERS
Combinação de fotos de Taro Kono, Fumio Kishida, Sanae Takaichi e Seiko Noda durante entrevista coletiva conjunta em Tóquio 17/09/2021 Kimimasa Mayama/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Taro Kono, ministro encarregado da vacinação contra a Covid-19 e visto por muitos como o franco favorito para a eleição de 29 de setembro pela liderança do Partido Liberal Democrata (PLD), conquistou o apoio do atual premiê, Yoshihide Suga, que recentemente anunciou que deixará o cargo.

Duas semanas atrás, Suga disse que deixaria o posto depois de somente um ano no comando do governo, desencadeando a disputa. O novo líder do PLD --a força dominante na política japonesa durante a maior parte do período pós-guerra-- se tornará primeiro-ministro graças à maioria da sigla na câmara baixa do Parlamento.

"Nossa luta contra o coronavírus é crucial. Este é meu raciocínio ao dar meu apoio ao senhor Kono", disse Suga aos repórteres, acrescentando que torce por um debate ativo entre os candidatos.

A imagem do PLD está prejudicada pelas percepções públicas de que Suga não soube lidar com a pandemia de Covid-19, e os parlamentares estão ansiosos por um rosto novo que os conduza a uma eleição geral que deve ocorrer dentro de dois meses.

Kono, que já atuou nas pastas das Relações Exteriores e da Defesa, enfrenta Fumio Kishida, um ex-chanceler, Sanae Takaichi, ex-ministra de Assuntos Internos, e Seiko Noda, ex-ministra da Igualdade de Gênero.

Ao contrário da eleição do ano passado do PLD, na qual Suga substituiu o então premiê Shinzo Abe, membros da base do partido e parlamentares votarão, o que torna a popularidade ampla mais importante do que o normal na legenda dominada por facções.

Um tema comum nesta sexta-feira foi o combate à disparidade de renda e a reconquista da confiança do eleitorado antes da votação. Os candidatos pareceram recuar das políticas de crescimento de Abe, conhecidas como "Abenomics", que Suga manteve.

"Não deveríamos ter uma ideia preconcebida do tamanho de qualquer pacote de estímulo. O que é importante é gastar dinheiro com investimento para o futuro", disse Kono. "Entre eles está ajudar famílias com filhos."

As chances de Kono aumentaram nesta semana depois que Shigeru Ishiba, um peso-pesado do PLD que é popular com a base do partido e cogitou concorrer, anunciou que o apoia.

Mas Kono tem reputação de pioneiro, e correligionários veteranos podem preferir o estilo mais ameno de Kishida, de 64 anos, que vem de uma das facções mais conciliadoras da sigla, devido às percepções de que ele terá mais sucesso para obter consensos.

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