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Dirigente de saúde da Itália prevê vacina como presente de Natal

Objetivo é iniciar vacinação no país em janeiro

30 nov 2020 - 08h53
(atualizado às 09h02)
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Em meio à expectativa pela chegada das primeiras vacinas contra o novo coronavírus, uma das principais autoridades sanitárias da Itália afirmou neste domingo (29) que o país pode ganhar dois imunizantes como "presentes de Natal".

Vacina da Biontech/Pfizer deve ser uma das primeiras a ter aprovação
Vacina da Biontech/Pfizer deve ser uma das primeiras a ter aprovação
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Em entrevista à emissora Rai, o presidente do Conselho Superior da Saúde, Franco Locatelli, disse que duas candidatas que usam RNA mensageiro (mRNA) como vetor devem ser submetidas à agência de medicamentos da União Europeia (EMA) na semana que vem.

"Podemos receber as duas primeiras vacinas como presentes de Natal", acrescentou Locatelli. As duas candidatas de mRNA em estágio avançado de desenvolvimento são as do consórcio Biontech/Pfizer e da Moderna.

Ambas utilizam uma inovadora tecnologia baseada em uma sequência genética sintética responsável pela codificação da proteína spike, espécie de casca de espinhos que o coronavírus Sars-CoV-2 usa para atacar as células humanas.

Quando uma pessoa recebe essa vacina, suas células "leem" as instruções genéticas e produzem a spike. Em seguida, o sistema imunológico trata essa proteína como agente invasor e cria os anticorpos que, mais tarde, servirão para combater uma eventual infecção pelo novo coronavírus.

A União Europeia já fechou contratos que garantem 280 milhões de doses dessas duas vacinas, podendo chegar a 460 milhões. "Poderíamos iniciar a vacinação nas categorias mais expostas a partir de 15 de janeiro", explicou Locatelli.

O mRNA, no entanto, exige temperaturas baixíssimas de conservação (-70ºC no caso da Biontech/Pfizer, -20ºC no caso da Moderna), o que pode dificultar a vacinação em larga escala. O plano preliminar da Itália para imunizar sua população prevê que essas vacinas, que devem ser as primeiras aprovadas, sejam usadas nas fases iniciais.

Já a segunda etapa envolveria outras candidatas com tecnologia mais tradicional, como as de Oxford/AstraZeneca, Janssen e Sanofi-GSK.

Ansa - Brasil   
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