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Diretor da CIA acredita que Rússia tentará influenciar eleições parlamentares dos EUA

30 jan 2018 - 09h35
(atualizado às 09h47)
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O diretor da CIA, Mike Pompeo, disse acreditar que a Rússia visará as eleições parlamentares dos Estados Unidos deste ano como parte de uma tentativa do Kremlin de influenciar a política em todo o Ocidente, e alertou que o mundo precisa fazer mais para repelir a interferência da China.

Diretor da CIA, Mike Pompeo, durante evento em Washington 23/01/2018 REUTERS/Leah Millis
Diretor da CIA, Mike Pompeo, durante evento em Washington 23/01/2018 REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

A Rússia foi acusada de interferir na eleição presidencial norte-americana de 2016. O procurador especial Robert Mueller está investigando as alegações, que Moscou nega, e também apura se houve algum conluio com assessores do presidente norte-americano, Donald Trump.

Em uma entrevista à rede BBC exibida nesta terça-feira, Pompeo disse que a Rússia tem um longo histórico de campanhas de informação, e disse que essa ameaça não desaparecerá.

Indagado se Moscou tentará influenciar as eleições deste anos nos EUA, o chefe da agência de espionagem dos EUA respondeu: "É claro. Tenho todos os motivos para crer que continuarão a tentar fazê-lo".

"Mas tenho confiança de que a América conseguirá realizar uma eleição livre e justa. Que reagiremos de uma maneira robusta o suficiente para o impacto que eles tiverem em nossa eleição não ser grande".

Ele também disse que os chineses representam uma ameaça igualmente preocupante, e estão "muito ativos" com habilidades cibernéticas de primeira qualidade.

"Podemos observar esforços muito concentrados para se roubar informação americana, para se infiltrar espiões nos Estados Unidos, pessoas que trabalharão em nome do governo chinês contra a América".

"Vemos isso em nossas escolas, em nossos hospitais e sistemas médicos, vemos em toda a América corporativa. Todos nós temos que estar mais concentrados nestes esforços. Temos que nos sair melhor repelindo os esforços chineses para influenciar o mundo secretamente".

O Kremlin, que sob o comando do presidente russo, Vladimir Putin, recuperou parte da influência global perdida quando a União Soviética desmoronou, nega ter interferido em eleições ocidentais, e afirma que uma histeria anti-Rússia está varrendo os EUA e a Europa.

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