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Dificuldade de Netanyahu para formar governo pode levar Israel a nova eleição

27 mai 2019 - 15h23
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Israel ficou mais perto de uma nova eleição nesta segunda-feira, uma vez que os esforços do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para formar um governo após a votação nacional do mês passado continuam sem resultado.

Premiê israelense, Benjamin Netanyahu, no Knesset
30/04/2019
REUTERS/Ronen Zvulun/
Premiê israelense, Benjamin Netanyahu, no Knesset 30/04/2019 REUTERS/Ronen Zvulun/
Foto: Reuters

O Parlamento decidiu se dissolver em uma votação preliminar. Para se desfazer e marcar uma data para a eleição os parlamentares ainda precisam realizar uma votação final, o que deve ocorrer na quarta-feira.

Netanyahu, que lidera o partido de direita Likud, tem até as 18h da quarta-feira (horário de Brasília) para montar um governo, tarefa que lhe foi delegada pelo presidente Reuven Rivlin após a eleição de 9 de abril.

Em um discurso televisionado após a votação inicial no Parlamento, Netanyahu prometeu continuar as conversas de coalizão e disse que uma nova eleição seria desnecessária e custosa demais.

"Muito pode ser feito em 48 horas", disse. "Os desejos dos eleitores podem ser respeitados, um governo forte de direita pode ser formado."

No poder há uma década e correndo risco de ser indiciado por corrupção, Netanyahu tem tido dificuldade para firmar um acordo com uma variedade de partidos de direita, extrema-direita e judeus ultraortodoxos que lhe garantiria um quinto mandato.

O premiê nega ter cometido qualquer irregularidade e deve argumentar contra a intenção do procurador-geral de indiciá-lo por acusações de fraude e propina em uma audiência de pré-julgamento marcada para outubro.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou solidariedade com os dramas políticos de Netanyahu em reação à oposição do ex-aliado e ex-ministro da Defesa Avigdor Lieberman.

"Torço para que as coisas se acertem na formação da coalizão em Israel, e Bibi e eu possamos continuar a tornar a aliança entre a América e Israel mais forte do que nunca", tuitou Trump usando o apelido de Netanyahu. "Muito mais para fazer!"

Embora uma segunda eleição nacional no mesmo ano --que seria algo inédito em Israel-- represente novos riscos políticos para Netanyahu, desobrigaria Rivlin de incumbir outro parlamentar de formar uma coalizão depois que o prazo de quarta-feira vencer.

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