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Di Maio rebate Putin: 'Crianças mortas não são efeitos especiais'

12 abr 2022 - 16h40
(atualizado às 16h58)
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O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, afirmou nesta terça-feira (12) que as imagens de diversos civis, incluindo crianças, mortos na guerra na Ucrânia não são "efeitos especiais".

A declaração é dada após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, falar que as fotos dos cadáveres encontrados nas ruas e valas comuns na cidade ucraniana de Bucha são falsas.

"Nós vemos filmes e imagens vindos do campo todos os dias. Mais de 180 crianças mortas e 2 mil civis mortos na Ucrânia não são efeitos especiais, não são um filme", disse o chanceler italiano no programa "Stasera Italia", no canal de TV "Rete 4".

Sem citar nomes, Di Maio declarou que "quem está fazendo negação está alimentando propaganda que alimenta a guerra".

Durante a entrevista, o ministro italiano reforçou o compromisso da Itália com a paz e explicou que enviará "o embaixador a Kiev nos próximos dias" para reabrir a embaixada na capital da Ucrânia, porque "é importante parar a guerra o mais rápido possível com diálogo e diplomacia".

"Faremos o nosso melhor, primeiro para obter um cessar-fogo e depois temos de chegar a uma conferência de paz, também estamos a trabalhar nisso com a Turquia", contou Di Maio, ressaltando que "não podemos permitir outras brutalidades".

Gás -

O chanceler da Itália disse ainda que o país precisa do máximo de gás para enfrentar o inverno e explicou que seis dos nove bilhões de metros cúbicos prometidos pela Argélia chegarão já na estação. Além disso, ele anunciou que fará novas viagens para fechar outros tratados.

"O inverno com serenidade também dependerá de outras viagens que faremos nas próximas semanas para fechar outros acordos", disse.

Por fim, ele acrescentou que para garantir "o teto do preço do gás e para baixar as contas precisamos da União Europeia". "A Otan representa nosso sistema de defesa comum, diante disso precisamos muito mais europeísmo que soberania, e devemos continuar nesse caminho porque o que vimos durante a pandemia, sem a Europa não teríamos o PNRR", concluiu.

Ansa - Brasil   
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