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Democratas se preocupam com possível contestação de Trump

Partido de Joe Biden afirmou que está pronto para lutar pelo resultado das urnas

23 jul 2020 - 11h09
(atualizado às 11h16)
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Os democratas dos Estados Unidos estão organizando o maior esforço de proteção do eleitorado que já fizeram em preparação para o que Joe Biden diz ser seu maior temor: a perspectiva de o presidente Donald Trump tentar interferir na eleição de 3 de novembro ou se recusar a aceitar seu resultado.

Presidente Donald Trump em evento em Charlotte, na Carolina do Norte 
 23/7/2020. REUTERS/Leah Millis
Presidente Donald Trump em evento em Charlotte, na Carolina do Norte 23/7/2020. REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

Entrevistas com mais de uma dúzia de autoridades partidárias revelam como os democratas, em coordenação com a campanha presidencial de Biden, estão se preparando para batalhas a respeito de votos à distância, possíveis recontagens e a possibilidade de os apoiadores republicanos de Trump tentarem intimidar eleitores nas seções eleitorais.

O Partido Democrata contratou diretores de proteção do eleitorado em 19 Estados cruciais para que estes realizem operações mais abrangentes do que em ciclos eleitorais anteriores, e apresentaram um número recorde de ações civis antes da eleição na tentativa de facilitar a votação.

Milhares de monitores eleitorais e advogados serão mobilizados em todo o país no dia da eleição, disseram as autoridades à Reuters.

Republicanos dizem que, embora estejam fazendo preparativos de rotina para recontagens e irregularidades, estão mais concentrados em combater os esforços para ampliar o voto pelo correio.

Trump pôs em dúvida a legitimidade do voto pelo correio, que vem sendo muito mais usado nas eleições primárias devido à pandemia de coronavírus. Ele também fez alegações infundadas de que a votação será manipulada e se recusou a dizer se aceitaria os resultado da eleição se perdesse.

Uma pessoa informada pela campanha de Biden a respeito de sua estratégia disse à Reuters que o ex-vice-presidente se prepara para uma "situação de pesadelo" na qual Trump lideraria a contagem de votos presenciais em Estados pêndulo na noite da votação, mas reclamaria que a disputa está sendo fraudada nos dias seguintes à medida que os votos pelo correio fossem contados.

Uma autoridade democrata em um Estado pêndulo, que pediu para não ser identificada, disse que a campanha está coordenando discretamente uma estratégia legal com funcionários estaduais da sigla para situações pós-eleição, como a recontagem da disputa de 2000 entre George W. Bush e Al Gore.

O gerente de campanha de Trump, Tim Murtaugh, disse que os democratas estão tentando minar a integridade da eleição com esforços que podem levar a fraudes.

Já os democratas dizem que sua maior preocupação é se protegerem do que esperam ser um esforço considerável de supressão de eleitores da parte dos republicanos.

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