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Democratas investem em inquérito de impeachment de Trump na Câmara dos EUA

25 set 2019 - 09h49
(atualizado às 09h55)
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Os democratas da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos vão mergulhar nesta quarta-feira no inquérito formal de impeachment do presidente Donald Trump, que pode alterar drasticamente a corrida presidencial de 2020.

Presidente dos EUA, Donald Trump, durante reunião bilateral na Assembleia Geral da ONU
24/09/2019
REUTERS/Jonathan Ernst
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante reunião bilateral na Assembleia Geral da ONU 24/09/2019 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, que resistiu durante meses a clamores de seus colegas do Partido Democrata pelo processo de impeachment de Trump, anunciou a decisão depois de se reunir com correligionários na terça-feira.

Em um breve discurso em rede nacional de televisão, Pelosi acusou Trump de pedir ajuda da Ucrânia para difamar Joe Biden, o principal pré-candidato presidencial democrata, antes da eleição do ano que vem.

Pelosi descreveu o comportamento do presidente, do Partido Republicano, como uma "traição de seu juramento de posse, uma traição de nossa segurança nacional e uma traição da integridade de nossas eleições".

Trump contra-atacou rapidamente no Twitter, classificando o inquérito como "lixo de caça às bruxas".      

Mesmo se a Câmara dos Deputados, de maioria democrata, acabar votando pelo impeachment de Trump, é improvável que isso leve à sua deposição, uma vez que os republicanos têm uma pequena maioria no Senado, onde um impeachment precisaria de dois terços dos votos para ser aprovado.

Mas o processo pode prejudicar a imagem do presidente durante sua campanha de reeleição, já que só cerca de 45% dos norte-americanos aprovam seu desempenho na função -- especialmente se informações danosas surgirem durante audiências públicas.

O processo, por outro lado, também pode fortalecer Trump se seus compatriotas acreditarem que os democratas estão atacando o presidente injustamente.

O índice S&P 500 fechou em baixa de 0,84% na terça-feira, sendo abalado em parte pela expectativa com o anúncio de Pelosi, e as ações asiáticas estavam mais fracas nesta quarta-feira por causa da possibilidade de incerteza política na maior economia do mundo. O dólar sofria perdas diante da maioria das principais moedas.        

A mudança de postura de Pelosi veio na esteira de reportagens segundo as quais, em um telefonema de 25 de julho, Trump pressionou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a investigar Biden, ex-vice-presidente dos EUA, e seu filho, Hunter, que trabalhou para uma empresa que faz prospecção de gás na Ucrânia.

Trump admitiu que conversou sobre Biden e seu filho na ligação, mas negou ter feito qualquer pressão sobre o líder ucraniano, apesar de seu governo estar retendo quase 400 milhões de dólares em ajuda militar para Kiev já aprovada pelo Congresso dos EUA.

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