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Mundo

Cúpula discute crise migratória na Venezuela

Nicolás Maduro não compareceu ao encontro

4 set 2018 - 15h54
(atualizado às 16h48)
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Representantes dos governos de 13 países da América Latina se reuniram na última segunda-feira (3) no ministério das Relações Exteriores do Equador, em Quito, para discutir sobre a crise migratória na Venezuela. O presidente do país, Nicolás Maduro, não compareceu ao encontro.

1,6 milhão de venezuelanos abandonaram o país desde 2015.
1,6 milhão de venezuelanos abandonaram o país desde 2015.
Foto: Ansa / Ansa - Brasil

A reunião, convocada pelo governo equatoriano, tem caráter técnico e terminará nesta terça-feira (4) com a publicação de um comunicado dos delegados de Equador, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, México, Panamá, Costa Rica, Paraguai, Peru, Uruguai e República Dominicana.

Entre os temas em discussão, está uma eventual eliminação de restrições ao trânsito de venezuelanos e a adoção de medidas conjuntas para criar um fundo de apoio, proposto pela Organização das Nações Unidas (Onu). No primeiro dia da reunião, representantes de Colômbia, Equador e Peru pediram a Maduro que acelerasse os procedimentos para a concessão de passaportes aos migrantes venezuelanos. O delegado do programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Arnauld Perral, destacou a importância de garantir os direitos das pessoas de se locomoverem livremente.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) marcou para esta quarta-feira (5) uma reunião em Washington que também vai discutir o tema. Em Caracas, a vice-presidente venezuelana, Delcy Rodriguez, anunciou que o governo do país está disposto a ir à Assembleia Geral da Onu para defender a "dignidade e integridade" do povo, diante da "suposta crise humanitária com a qual se quer justificar uma intervenção estrangeira" no país sul-americano. De acordo com as Nações Unidas, 2,3 milhões de venezuelanos vivem no exterior, dos quais 1,6 milhão abandonaram o país desde 2015, após o agravamento da crise econômica e social. A Venezuela registra inflação de um milhão por cento, escassez de alimentos e desvalorização cambial.

Ansa - Brasil   
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