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Criticado, premiê da Grécia assume responsabilidade por incêndio florestal

27 jul 2018 - 19h10
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O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, assumiu responsabilidade política nesta sexta-feira por um incêndio florestal que matou ao menos 87 pessoas e fez com que a oposição acusasse o governo de fracassar em proteger vidas.

Tsipras faz discurso em Atenas
 5/7/2018  REUTERS/Alkis Konstantinidis
Tsipras faz discurso em Atenas 5/7/2018 REUTERS/Alkis Konstantinidis
Foto: Reuters

Adversários de Tsipras fizeram uma ofensiva nesta sexta-feira após três dias de luto se encerrarem, acusando o governo de fracassar em se desculpar pelo desastre.

    Buscando desviar a irritação pública, Tsipras disse a ministros que está ponderando se autoridades haviam feito tudo corretamente em respostas ao desastre.

"Eu os chamei aqui hoje para primeiramente assumir total responsabilidade política por esta tragédia perante meu gabinete e o povo grego", disse.

    "Não irei esconder que estou repleto de sentimentos mistos neste momento ... dor, devastação pelas vidas humanas perdidas inesperada e injustamente. Mas também angústia sobre se agimos corretamente em tudo que fizemos."

    O discurso de Tsipras aconteceu após o Nova Democracia, principal partido da oposição, criticar uma entrevista coletiva do governo na noite de quinta-feira na qual nenhum pedido de desculpas foi feito.

"Este governo acaba de acrescentar um descaramento desenfreado ao seu miserável fracasso em proteger vidas e propriedades de pessoas", disse a porta-voz do Nova Democracia, Maria Spyraki.

    O ministro da Proteção Civil, Nikos Toskas, disse em entrevista coletiva que o governo suspeita que incêndio criminoso está por trás das chamas da noite de segunda-feira, que prenderam dezenas de pessoas em seus carros tentando escapar de um muro de fogo.

    Sobreviventes de um dos piores desastres recentes da Grécia, que atingiu a cidade de Mati, a cerca de 30 quilômetros de Atenas na segunda-feira, criticaram o parceiro de coalizão de Tsipras, dizendo que foram deixados sozinhos para se defender.

    A pressão cresce sobre o governo, que está atrás do Nova Democracia em pesquisas de opinião, em um momento em que havia esperado finalmente tirar a Grécia de anos de resgates provocados por sua crise de dívidas e colher os benefícios políticos.

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