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Cresce número de mortos por ataques em Gaza e Israel

5 mai 2019 - 11h32
(atualizado às 13h32)
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Mísseis e foguetes disparados de Gaza mataram três civis em Israel, enquanto ataques israelenses mataram 12 palestinos, na maioria militantes, em uma intensificação dos confrontos na fronteira neste domingo, disseram autoridades de Gaza e militares de Israel.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que ordenou o Exército a manter ataques pesados contra militantes do Hamas, que controla Gaza, e da Jihad Islâmica, nos piores confrontos na região desde novembro.

O Exército israelense afirmou que mais de 600 mísseis, muitos deles interceptados pelo seu sistema de defesa Domo de Ferro, foram disparados contra cidades e vilas no sul de Israel desde sexta-feira, e que atacou mais de 260 alvos de grupos militantes em Gaza. 

Um míssil que atingiu uma casa em Ashkelon matou um israelense de 58 anos, disse a polícia. Ele foi o primeiro civil israelense morto nesse tipo de ataque desde a guerra de 2014 em Gaza. Ataques separados na cidade do sul isralenese mataram dois homens, informou um hospital.

Em Gaza, a Jihad Islâmica disse que sete combatentes palestinos foram mortos por ataques israelenses, e autoridades de saúde disseram que três civis também morreram.

Em um ataque separado que descreveu como uma ação direcionada, o Exército de Israel matou Hamed Ahmed Al-Khodary, um dos comandantes do Hamas. Segundo o Exército, ele era responsável por transferir fundos do Irã para facções armadas em Gaza.

O ataque aéreo contra o carro dele foi o primeiro assassinato de um dos principais militantes do Hamas desde a guerra de cinco anos atrás. Israel suspendeu esses ataques em uma tentativa de reduzir as tensões.

A mais recente onda de violência começou dois dias atrás, quando um atirador jihadista atacou tropas israelenses, atingindo dois soldados, de acordo com o Exército de Israel. 

A Jihad Islâmica acusou Israel de atrasar a implementação de acordos mediados pelo Egito com o objetivo de encerrar a violência e aliviar as dificuldades econômicas de Gaza. 

Desta vez, analistas de assuntos estratégicos de Israel disseram que tanto a Jihad Islâmica quanto o Hamas pareceram acreditar que tinham poder de barganha para pressionar por concessões de Israel.

Neste domingo, sirenes soaram na cidade de Rehovot, aproximadamente 17 quilômetros ao sudeste de Tel Aviv.

Em um comunicado, Netanyahu, que também executa a função de ministro da Defesa, afirmou: "Esta manhã eu ordenei as Forças Defensivas Israelenses a continuar com ataques pesados contra terroristas na Faixa de Gaza, e também que as forças nos arredores da Faixa de Gaza sejam reforçadas com tanques, artilharia e infantaria". 

Para residentes em Gaza, a escalada chega antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começa no território na segunda-feira -- uma época tradicionalmente de rezas, banquetes familiares para quebrar o jejum do dia e compras. 

Desde sexta-feira oivo civis palestinos foram mortos em Gaza, afirmou o Ministério da Saúde local.

Isso inclui um bebê de 14 meses e uma mulher, inicialmente identificada como uma mãe grávida, mas depois identificada pela família como a tia do bebê, que teria sido morta por um ataque aéreo israelense, segundo o ministério. 

O Exército israelense negou envolvimento, dizendo que seu serviço de informação mostrou que eles foram mortos por um míssil palestino.

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