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Covid-19: quais os sintomas e os riscos da doença causada pelo novo coronavírus

A covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, já infectou dezenas de milhões de pessoas; veja o que você pode fazer para se proteger.

26 fev 2020 - 12h56
(atualizado em 20/11/2020 às 09h37)
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Profissional de saúde ajusta máscara em hospital de Wuhan, na China
Profissional de saúde ajusta máscara em hospital de Wuhan, na China
Foto: AFP/Getty Images / BBC News Brasil

O texto foi atualizado em 19 de novembro de 2020.

Oito meses após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado pandemia global, em março, o número de infectados pelo novo coronavírus em quase 200 países se aproxima de 57 milhões.

Segundo os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, a covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, já tinha matado mais de 1,3 milhão de pessoas em todo o mundo até a primeira quinzena de novembro.

Veja abaixo as respostas para as principais questões relacionadas aos sintomas, prevenção e riscos relacionados à covid-19.

Quais são os sintomas?

A doença parece se manifestar com um quadro de febre, acompanhada por tosse seca.

Após uma semana, provoca dificuldade para respirar e alguns pacientes necessitam de tratamento hospitalar.

Raramente, a infecção parece causar espirros ou secreção nasal.

Ao longo da pandemia, os pesquisadores identificaram também que parte dos infectados apresenta outros sintomas, como perda de olfato e de paladar, coágulos e diarreia.

Gráfico mostra sintomas do coronavírus
Gráfico mostra sintomas do coronavírus
Foto: BBC News Brasil

O período de incubação — tempo decorrido entre o contágio e o surgimento dos primeiros sintomas — dura até 14 dias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mas alguns pesquisadores acreditam que pode ser de até 24 dias.

E, segundo cientistas chineses, alguns pacientes podem transmitir o vírus mesmo antes do aparecimento dos sintomas.

Gráfico compara máscaras
Gráfico compara máscaras
Foto: BBC News Brasil

Quão letal é o novo coronavírus?

Com base em dados de 44 mil pacientes infectados pelo novo coronavírus, a OMS informa que:

- 81% desenvolvem sintomas leves;

- 14% desenvolvem sintomas graves;

- 5% ficam em estado crítico.

A proporção de mortes causadas pela doença parece baixa (entre 1% e 2%) — mas as estatísticas não são confiáveis.

Segundo o levantamento mais recente da plataforma Our World In Data, que analisa as tendências da covid-19, a taxa de mortalidade é de 2,4%.

Milhares de pacientes que ainda estão sendo tratadas podem morrer, o que aumentaria a taxa. Por outro lado, também não está claro quantos casos leves podem não ter sido reportados, então a taxa de mortalidade também pode ser menor.

Para efeito de comparação, cerca de 1 bilhão de pessoas pegam influenza, vírus da gripe, todos os anos, que provoca de 290 mil a 650 mil mortes. A gravidade da gripe muda a cada ano.

Gráfico mostra medidas que profissionais de saúde devem tomar para se proteger do coronavírus
Gráfico mostra medidas que profissionais de saúde devem tomar para se proteger do coronavírus
Foto: BBC News Brasil

O coronavírus tem tratamento ou cura?

No momento, o tratamento consiste no básico — manter o corpo do paciente funcionando, o que inclui oferecer suporte respiratório, até que o sistema imunológico dele seja capaz de combater o vírus.

Três vacinas que até agora divulgaram dados sobre eficácia (da Pfizer/BioNTech, da Moderna e a Sputnik V) foram testadas em dezenas de milhares de pessoas, não apresentaram problemas significativos de segurança e nem reportaram reações adversas inesperadas nos voluntários.

No entanto, ainda não se sabe quanto tempo dura a imunidade oferecida pela vacina. Os voluntários precisarão ser acompanhados durante muito mais tempo para que essa dúvida seja esclarecida.

Além disso, nenhuma das empresas apresentou uma análise detalhada de sua eficácia em diferentes faixas etárias, embora Tal Zaks, diretor-médico da Moderna, tenha dito à BBC que seus dados preliminares sugerem que a vacina "não parece perder sua potência" em pessoas mais velhas.

Ainda não se sabe se as vacinas simplesmente evitam que as pessoas adoeçam gravemente ou se também podem ajudar a impedir a propagação do vírus de uma pessoa para outra. Leia mais neste link aqui.

Os hospitais também estão testando medicamentos para verificar se têm algum efeito. Até agora, dois deles conseguiram reduzir parte das mortes e dos casos graves: o remdesivir e a dexametasona. Leia mais neste link aqui.

Como posso me proteger?

A OMS recomenda:

- Lavar as mãos (sabão ou álcool em gel podem matar o vírus);

- Cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar, de preferência com um lenço de papel, e lavar as mãos depois, para evitar que o vírus se propague;

- Evitar passar a mão nos olhos, nariz e boca — se você tocar uma superfície contaminada pelo vírus, poderá transferi-lo para o seu corpo;

- Não ficar muito perto de pessoas tossindo, espirrando ou com febre. Idealmente, mantenha pelo menos 1 metro de distância.

Quão rápido o vírus se espalha?

Milhares de novos casos estão sendo registrados todos os dias. No início de novembro, o mundo registrou um novo recorde diário de infectados - mais de 660 mil.

Em março, a OMS declarou que o coronavírus era uma "pandemia", termo usado para descrever situações em que uma doença infecciosa ameaça muitas pessoas de forma simultânea no mundo inteiro.

Um exemplo recente é o da gripe suína, em 2009, à qual é atribuída a morte de centenas de milhares de pessoas, de acordo com a estimativa de especialistas.

As pandemias acontecem, em geral, quando há um vírus novo capaz de infectar seres humanos com facilidade e de ser transmitido de uma pessoa a outra de forma eficiente e continuada.

O novo coronavírus, pelo que se sabe até agora, tem essas características.

Como o surto de covid-19 começou?

Este vírus não é de fato "novo" — é novo apenas para os seres humanos, tendo passado de uma espécie para outra.

Dos primeiros casos registrados, muitos estavam ligados ao Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, na cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto.

Os cientistas estão tentando encontrar o animal que foi a origem do surto. Uma grande variedade de animais pode ter servido como "hospedeiro" do vírus, como o morcego e, na sequência, o pangolim, antes de ser transmitido aos seres humanos.

As autoridades acreditam que uma das vítimas do novo coronavírus comprou produtos no Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan
As autoridades acreditam que uma das vítimas do novo coronavírus comprou produtos no Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Na China, muita gente tem contato próximo com animais portadores de vírus — e devido à alta densidade populacional do país, a doença pode ser facilmente disseminada.

A síndrome respiratória aguda grave (Sars), que também é causada por um coronavírus, começou em morcegos e passou para a civeta, que por sua vez transmitiu o vírus a seres humanos.

O surto de Sars, que teve início na China em 2002, matou 774 das 8.098 pessoas infectadas.

O vírus atual é um dos sete tipos de coronavírus. Há relatos de que ele já sofreu mutação — mais de 200 pessoas foram infectadas por uma variante identificada em visons.

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