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Coreias e comando da ONU concordam em retirar armas da fronteira

22 out 2018 - 10h48
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As Coreias do Norte e do Sul e o Comando das Nações Unidas (UNC) concordaram nesta segunda-feira em retirar armas e postos de guarda do vilarejo de Panmunjom, situado na zona desmilitarizada, nesta semana, disse o Ministério da Defesa de Seul, na mais recente medida de um relacionamento que evolui rapidamente.

Soldados da Coreia do Sul e dos EUA no vilarejo de Panmunjom, na zona desmilitarizada, na Coreia do Sul 7/9/2018 Ahn Young-joon/Pool via REUTERS
Soldados da Coreia do Sul e dos EUA no vilarejo de Panmunjom, na zona desmilitarizada, na Coreia do Sul 7/9/2018 Ahn Young-joon/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Os três lados realizaram uma segunda rodada de conversas em Panmunjom para debater maneiras de desmilitarizar a fronteira, postura alinhada a um pacto intercoreano recente firmado em uma cúpula do mês passado em Pyongyang.

O UNC, que é liderado pelos Estados Unidos e supervisiona os assuntos da zona desmilitarizada desde o final de hostilidades da Guerra da Coreia de 1950-53, não estava disponível de imediato para comentar, mas na sexta-feira disse que apoia os esforços das duas Coreias para implantar seu pacto militar.

O anúncio vem em um momento no qual os EUA temem que uma iniciativa militar intercoreana possa minar a prontidão da defesa e ocorre sem nenhum progresso substancial na prometida desnuclearização da Coreia do Norte.

Os vizinhos pretendem retirar 11 postos de guarda em um raio de um quilômetro da Linha de Demarcação Militar de sua fronteira até o final do ano.

Eles também planejam retirar todas as armas de fogo da Área de Segurança Conjunta (JSA) de Panmunjom e reduzir para 35 o número de efetivos baseados no local, além de compartilhar informações sobre equipamentos de vigilância.

Na reunião desta segunda-feira os três lados concordaram em retirar armas de fogo e postos de guarda da JSA até quinta-feira e realizar uma inspeção conjunta durante os dois dias seguintes, informou o ministério.

As duas Coreias vêm removendo minas terrestres ao redor da área, uma parte do acordo, e confirmaram a conclusão desta operação nas conversas com o UNC.

"Debatemos o cronograma da retirada de armas de fogo e postos de guarda, além de maneiras de ajustar o número de efetivos da guarda e realizar inspeções conjuntas", disse a Defesa em um comunicado.

O acordo ainda inclui a suspensão de "todos os atos hostis" e uma zona de exclusão aérea ao redor da fronteira.

As Coreias ainda estão tecnicamente em guerra porque o conflito de 1950-53 terminou em uma trégua, não um tratado de paz, mas as relações melhoraram consideravelmente no último ano.

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