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Coreia do Sul fecha as cortinas dos "Jogos da Paz"

25 fev 2018 - 14h13
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A Coreia do Sul fechou as cortinas dos seus "Jogos da Paz", neste domingo, com atletas dos esportes de inverno dançando e cantando juntos, em uma emocionante cerimônia de encerramento, embora tenha havido pouca afeição entre dignatários dos Estados Unidos e da Coreia do Norte.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que esperava usar os Jogos de Inverno como uma oportunidade para se relacionar com a Coreia do Norte, recebeu com entusiasmo a filha do presidente norte-americano, Donald Trump, Ivanka, antes de oferecer um breve aperto de mão ao líder da delegação norte-coreana, Kim Yong Chol.

Apesar da linguagem corporal fria, os esforços de Moon podem render frutos. O gabinente presidencial da Coreia do Sul afirmou, no domingo, que membros da delegação norte-coreana expressaram que o país está aberto a conversar com os Estados Unidos.

Ivanka sentou em uma posição central, ao lado da esposa de Moon, enquanto o norte-coreano Kim ficou uma fileira atrás, com um longo casaco preto e um chapéu peludo. A dois assentos dele, estava o general Vincent Brooks, o comandante das forças americanas na Coreia.

A presença de Kim na cerimônia de encerramento foi recebida com indignação por muitos na Coreia do Sul. O ex-chefe de inteligência da Coreia do Norte é acusado de orquestrar o ataque de 2010 contra um navio de guerra da Coreia do Sul.

Manifestantes sul-coreanos tentaram bloquear o comboio que levava Kim à cerimônia de encerramento.

Apesar das divisões e desconfianças entre as duas Coreias, ambas acordaram que seus atletas entrassem juntos nas cerimônias de abertura e encerramento, sob um cartaz de unificação. Além disso, usaram uma equipe unificada na competição feminina do hóquei no gelo.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, homenageou os atletas, dizendo que são um exemplo para o mundo.

"Vocês mostraram como o esporte pode unir as pessoas no nosso mundo frágil; mostraram como o esporte constrói pontes", disse. "O COI continuará com este diálogo olímpico, mesmo depois que a chama da Olimpíada estiver apagada."

"Nisto, somos movidos pela nossa fé no futuro."

Durante o seu discurso, Bach convidou vários atletas a se juntarem a ele no palco, inclusive o medalhista de ouro no Skeleton, o sul-coreano Yun Sung-bin, o norte-coreano Ryom Tae Ok, da patinação artística, o esquiador americano Lindsey Vonn e o porta-bandeiras de Tonga, Pita Taufatofua.

Bach encerrou pedindo que a juventude do mundo se reúna em Pequim, em quatro anos, para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022.

A cerimônia mostrou a tecnologia de ponta da Coreia do Sul, com um incrível drone desenhando o mascote dos Jogos, Soohorang, um tigre branco, no céu escuro, enquanto atletas marcharam no estádio, muitos vestindo suas medalhas.

A bandeira da Rússia, ausente na cerimônia de abertura, mais uma vez não foi vista, depois que o COI decidiu que não anularia a suspensão do país.

Foi um dia amargo para os atletas russos que, após a felicidade de uma vitória acirrada na competição de hóquei no gelo no domingo, tiveram que marchar sem sua bandeira.

Os russos foram forçados a competir como atletas neutros em Pyeongchang, como punição do COI por anos de escândalos de doping, envolvendo alegação de que os russos realizavam um programa sistemático e apoiado pelo governo para dopar seus atletas.

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