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Coreia do Sul e Japão dizem que inclusão da Coreia do Norte em lista de terrorismo forçará desnuclearização

21 nov 2017 - 08h33
(atualizado às 09h48)
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A Coreia do Sul e o Japão comemoraram nesta terça-feira o fato de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter reinserido a Coreia do Norte em uma lista de Estados patrocinadores do terrorismo, dizendo que a medida aumentará a pressão para que Pyongyang desnuclearize a Península Coreana.

Presidente dos EUA, Donald Trump, e primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, apertam as mãos em coletiva de imprensa em Tóquio, Japão
6/11/2017 REUTERS/Jonathan Ernst
Presidente dos EUA, Donald Trump, e primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, apertam as mãos em coletiva de imprensa em Tóquio, Japão 6/11/2017 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

A designação, anunciada na segunda-feira, permite aos EUA impor mais sanções a Pyongyang, que está desenvolvendo programas de armas e mísseis nucleares em desafio a sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Saúdo e apoio (a designação), já que aumenta a pressão sobre a Coreia do Norte", disse o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, a repórteres nesta terça-feira, de acordo com a agência de notícias Kyodo.

A Coreia do Sul disse esperar que a reinserção contribua para a desnuclearização pacífica de seu vizinho do norte, acrescentando que, juntamente com os EUA, continua a tentar levar os norte-coreanos à mesa de negociação, disse o Ministério das Relações Exteriores do país em um comunicado.

A recolocação da Coreia do Norte na lista de patrocinadores do terrorismo ocorre uma semana depois de Trump voltar de uma viagem de 12 dias à Ásia durante a qual conter as ambições nucleares de Pyongyang foi um dos principais temas de suas discussões.

"Além de ameaçar o mundo com uma devastação nuclear, a Coreia do Norte vem apoiando repetidamente atos de terrorismo internacional, incluindo assassinatos em solo estrangeiro", afirmou Trump aos repórteres na Casa Branca.

"Esta designação imporá mais sanções e penalidades à Coreia do Norte e pessoas relacionadas e apoia nossa campanha de pressão máxima para isolar o regime assassino".

O premiê da Austrália, Malcolm Turnbull, também deu aval à decisão de Trump, dizendo que a medida se alinha aos esforços internacionais para fazer a nação rebelde recobrar o bom senso.

"Kim Jong Un comanda uma operação criminosa global na Coreia do Norte comerciando armas, comerciando drogas, envolvido em crimes cibernéticos e, é claro, ameaçando a estabilidade da região com suas armas nucleares", disse Turnbull aos repórteres em Sydney nesta terça-feira.

A Coreia do Norte foi incluída na lista devido ao bombardeio de um avião da Korean Air em 1987 que matou todas as 115 pessoas a bordo, mas o governo do ex-presidente norte-americano George W. Bush retirou o país da lista em 2008 em troca de progressos em conversas sobre a desnuclearização.

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