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Mundo

Conte propõe inserir proteção do ambiente na Constituição

Primeiro-ministro da Itália discursou nas Nações Unidas

25 set 2019 - 07h59
(atualizado às 08h23)
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O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou nesta terça-feira (24), em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que pretende inserir a proteção ao meio ambiente entre os princípios da Constituição nacional.

Giuseppe Conte discursa na Assembleia geral da ONU
Giuseppe Conte discursa na Assembleia geral da ONU
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O premier foi um dos últimos a falar no primeiro dia de debates de líderes na Assembleia Geral, em uma sessão marcada pelo tema das mudanças climáticas. Em seu discurso, Conte também prometeu definir até o fim de 2020 uma estratégia para neutralizar as emissões de CO2 da Itália até 2050.

"Mas sabemos que isso não basta. É preciso perseguir uma radical mudança de paradigma cultural. Por isso, queremos inserir a proteção do meio ambiente e da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável diretamente nos princípios fundamentais da Constituição italiana", disse.

Segundo o primeiro-ministro, isso significaria propor uma "nova concepção das relações com o planeta e as gerações futuras". "Significa abandonar a lógica que nos induz a crer que temos exclusividade neste planeta, quando na verdade o recebemos em custódia para depois entregá-lo às gerações futuras", salientou.

Em 2020, a Itália dividirá com o Reino Unido a organização da 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP26).

Migração

Conte também aproveitou o palco da ONU para defender o acordo preliminar com Malta, Alemanha e França que estabelece um mecanismo automático de redistribuição de migrantes forçados que chegam à União Europeia pelo Mediterrâneo.

"Estamos objetivamente perto de uma reviravolta, de passar de uma gestão emergencial do fenômeno migratório para uma estrutura fundada em uma parceria entre Estados. A migração tem causas profundas, que tornam necessárias ações imediatas e uma visão de longo prazo. Hoje a Itália não está mais sozinha", declarou. 

Ansa - Brasil   
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