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Contagem parcial da eleição de Israel mostra Netanyahu empatado com rival

18 set 2019 - 08h34
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A eleição de Israel ainda estava indefinida nesta quarta-feira, uma vez que uma contagem parcial mostrou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu empatado com seu principal rival, o ex-chefe das Forças Armadas Benny Gantz.

Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, durante evento do partido Likud em Tel Aviv
18/09/2019
REUTERS/Ronen Zvulun
Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, durante evento do partido Likud em Tel Aviv 18/09/2019 REUTERS/Ronen Zvulun
Foto: Reuters

O resultado oficial ainda vai demorar horas, talvez dias, mas, com mais de 63% dos votos apurados, o bloco de direita liderado por Netanyahu estava mais ou menos emparelhado com o partido de centro-esquerda de Gantz, como se esperava.

À falta de uma maioria simples no Knesset, ou Parlamento, de 120 cadeiras, provavelmente haverá semanas de conversas para a montagem de uma coalizão antes de um novo governo ser formado.

Vencedor improvável, o ex-ministro da Defesa Avigdor Lieberman emergiu como um possível fiel da balança na condição de líder do partido secular nacionalista Yisrael Beitenu.

Lieberman vem pressionando por um governo de união composto pelos maiores partidos. Ele recusou a proposta de Netanyahu de formar uma coalizão religiosa de direita após a eleição de abril, provocando a repetição inédita da votação na terça-feira.

Falando a partidários do Likud, Netanyahu, o premiê israelense que ocupou o cargo por mais tempo, bebeu água com frequência e falou com voz rouca. Ele não reivindicou a vitória nem reconheceu uma derrota, dizendo que aguardará o resultado final.

Sua aparição na calada da noite foi muito diferente de sua declaração triunfante, e afinal prematura, de cinco meses atrás, de que havia vencido uma eleição acirrada.

Gantz foi mais otimista, dizendo em um comício de seu partido Azul e Branco que parecia que "cumprimos nossa missão", e prometeu trabalhar para a formação de um governo de união.

"Agora é a hora da verdadeira corrida", disse ele mais tarde aos repórteres.

Netanyahu, que enfatizou seu relacionamento próximo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a campanha, disse no discurso que fez às 3h da manã na sede eleitoral do Likud em Tel Aviv que pretende criar um "governo sionista forte" que refletirá as opiniões de "muitas das pessoas da nação".

Gantz descartou participar de uma gestão Netanyahu se o líder israelense for indiciado pelas acusações de corrupção que enfrenta. Três investigações de corrupção e o anúncio do procurador-geral de Israel de que pretende acusá-lo de fraude e suborno abalaram a aparente invencibilidade de Netanyahu, que ocupou mandatos consecutivos ao longo de 10 anos marcados por um foco na segurança que ecoou no eleitorado.

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