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Conservadores retomam prefeitura de Madri; extrema esquerda mantém Barcelona

15 jun 2019 - 16h51
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Um conservador foi empossado como novo prefeito de Madri neste sábado, recuperando o controle da capital espanhola para o Partido Popular, após forjar uma coalizão que incluiu a extrema direita, enquanto a extrema esquerda emplacou um novo mandato em Barcelona, com o apoio dos Socialistas e de outros.

Manifestantes protestam na posse da prefeita de Barcelona, Ada Colau. 15/6/2019. REUTERS/Albert Gea
Manifestantes protestam na posse da prefeita de Barcelona, Ada Colau. 15/6/2019. REUTERS/Albert Gea
Foto: Reuters

As eleições municipais realizadas em maio na Espanha resultaram em um panorama político fragmentado, exigindo diversos acordos para o compartilhamento do poder na formação de governos de coalizão, com candidatos mais votados ficando muitas vezes de fora da prefeitura em alguns lugares.

O candidato do PP para a prefeitura de Madri, José Luis Martinez-Almeida, ficou em segundo, atrás de um candidato de extrema esquerda, mas conseguiu ficar com o controle do governo municipal com o apoio do partido Vox, de extrema direita, bem como do Ciudadanos, de centro direita.

Alguns membros do Ciudadanos expressaram preocupação com a decisão do partido de aprofundar sua aliança com o Vox e o PP com o objetivo de garantir participação no governo em Madri e na região de Murcia, no sul.

Na vizinha França, o governo do presidente Emmanuel Macron alertou o Ciudadanos, seu aliado de centro-direita no Parlamento Europeu, sobre as possíveis "consequências" de ir adiante com as alianças locais com o Vox.

De acordo com o sistema eleitoral na Espanha, as assembleias municipais devem escolher um prefeito entre o grupo que forme a maioria, caso nenhum candidato se torne um amplo vencedor.

Os Socialistas receberam o maior apoio nas eleições de maio, com 29,3% dos votos, seguido pelo PP, com 22,2%.

Em Barcelona, a prefeita de extrema esquerda Ada Colau também ficou em segundo nas eleições, mas acabou reconduzida para o cargo com o apoio dos Socialistas e uma plataforma apoiada pelo ex-primeiro-ministro francês Manuel Valls, num acordo para impedir que um líder catalão pró-independência assumisse o poder.

"Não serei uma prefeita secessionista ou anti-secessionista", disse Colau após ser empossada, acrescentando ter se sentido desconfortável com o modo como foi reeleita.  Ela se desentendeu com Valls por toda campanha na segunda maior cidade da Espanha.

Centenas de pessoas protestaram em frente à prefeitura de Barcelona, algumas em apoio a Colau e outras favoráveis a grupos pró-independência.

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