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Conservadores rebeldes prometem rejeitar Brexit de May

deveria ter acontecido em 29 de março, mas os parlamentares rejeitaram três vezes o acordo da primeira-ministra com a União Europeia

15 mai 2019 - 08h42
(atualizado às 08h54)
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Rebeldes do partido da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, que apoiam a desfiliação britânica da União Europeia disseram nesta quarta-feira que votarão contra o acordo da premiê para o Brexit quando o texto for submetido novamente ao Parlamento no início do mês que vem.

O Brexit deveria ter acontecido em 29 de março, mas os parlamentares rejeitaram três vezes o acordo que May acertou com a União Europeia. Agora o país se prepara para deixar a UE no dia 31 de outubro.

Primeira-ministra britânica, Theresa May
11/04/2019
REUTERS/Yves Herman
Primeira-ministra britânica, Theresa May 11/04/2019 REUTERS/Yves Herman
Foto: Reuters

May apresentará o Projeto de Lei do Acordo de Retirada, que delineia os termos da separação, na semana que começa em 3 de junho -- mesma data em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciará uma visita de Estado ao Reino Unido a convite da rainha Elizabeth.

Apoiadores do Brexit do dividido Partido Conservador, de May, disseram que o acordo da premiê está tão morto quanto sua liderança de três anos assolada por crises.

"Conversei com colegas, alguns dos quais que votaram a favor da última vez, e eles acham que o acordo está morto e votarão contra desta vez", disse Peter Bone, parlamentar conservador e defensor destacado da saída da UE do bloco, à Talk Radio.

"Sei que eles não votariam a favor. Parece absurdo reapresentá-lo. É sempre a mesma coisa ".

May, que conquistou a liderança conservadora e o cargo de premiê no caos que se seguiu ao referendo do Brexit de 2016, já está sendo pressionada por seus próprios parlamentares para marcar uma data para renunciar.

Uma derrota na votação de junho provavelmente significaria o fim de seu acordo de separação e de seu governo.

Defensores do Brexit temem que o pacto de May deixe o Reino Unido preso à órbita da UE durante anos e que acabe atraindo a província britânica da Irlanda do Norte para o bloco.

Quase três anos depois de o Reino Unido decidir sua saída da UE por 52% a 48% dos votos, ainda não existe consenso entre os políticos britânicos no tocante a quando, como ou mesmo se a separação deveria ocorrer.

Antes da última derrota da proposta de May, pelo placar de 344 a 286, em 29 de março, ela havia prometido renunciar em caso de aprovação do acordo - que havia sido rejeitado primeiro em janeiro e de novo em meados de março.

"Se a primeira-ministra trouxer o Projeto de Lei de Retirada aos (Câmara dos) Comuns para uma votação, a pergunta será 'o que mudou?'", disse Nigel Dodds, líder parlamentar do Partido Unionista Democrático (DUP) da Irlanda do Norte, que sustenta o governo de minoria de May.

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