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Congresso dos EUA chega a acordo sobre legislação fiscal e Trump apoia taxa de 21% sobre corporações

13 dez 2017 - 18h33
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Republicanos do Congresso dos Estados Unidos chegaram a um acordo sobre a versão final da legislação fiscal, disse nesta quarta-feira o principal autor republicano do projeto no Senado, com o presidente Donald Trump dizendo minutos depois que irá apoiar uma taxa acentuadamente reduzida de impostos sobre corporações de 21 por cento.

A taxa de 21 por cento é ligeiramente superior à taxa proposta de 20 por cento que Trump apoiou anteriormente, mas ainda bem abaixo da taxa atual de 35 por cento, em um profundo corte fiscal que corporações dos Estados Unido têm buscado há anos.

Conforme finalizaram a maior reforma fiscal em 30 anos, republicanos hesitaram por semanas em cortar a taxa de imposto de renda superior sobre os ricos, mas finalmente concordaram sobre o ato, apesar de críticas de democratas de que o projeto de lei favorece os ricos e corporações, enquanto oferece pouco para a classe média.

O acordo do Congresso inclui uma taxa corporativa de 21 por cento; uma taxa de imposto sobre o rendimento individual superior de 37 por cento, abaixo da taxa atual de 39,6 por cento; e um limite de 10 mil dólares sobre a dedução de pagamentos estaduais e locais de propriedades ou imposto de renda, disseram fontes familiares às negociações.

Embora o presidente tenha dito que um "número final" da taxa corporativa ainda não foi definido, o Senado e a Câmara dos Deputados avançavam para um acordo que irá abrir o caminho para votações finais em ambas câmaras na próxima semana.

"Eu acho que nós conseguimos um acordo muito bom", disse o presidente do Comitê de Finanças do Senado, Orrin Hatch, a repórteres, conforme se preparava para se juntar a outros republicanos para almoçar com Trump.

A afirmação de Hatch aparentava reforçar expectativas de que uma votação final pode começar no Senado tão cedo quanto segunda-feira. Mais detalhes sobre a legislação acordada ainda não estavam disponíveis.

Republicanos têm tentado com urgência finalizar detalhes sobre o projeto de lei sem aumentar o impacto estimado sobre o déficit federal. Conforme esboçado, o projeto é esperado para acrescentar até 1,5 trilhão de dólares à dívida dos EUA de 20 trilhões de dólares durante 10 anos.

Em um evento fiscal realizado por democratas, o economista-chefe da Moody's Analytics, Mark Zandi, disse que o projeto de lei republicano, se promulgado, irá fazer com que taxas de juros subam, o que significa que benefícios de um imposto menor sobre corporações serão "completamente apagados".

Mercados de ações reagiram por meses em antecipação a menores impostos sobre empresas. O índice Dow Jones Industrial Average crescia 0,5 por cento, em 24.628, no pregão da tarde.

"O mercado está negociado em máximas de todos os tempos, sua ascensão tem sido realmente em antecipação à reforma fiscal", disse Ken Polcari, diretor da divisão da bolsa de valores de Nova York na O'Neil Securities, em Nova York.

O senador republicano Bob Corker, um "fiscal hawk", disse nesta quarta-feira estar indeciso sobre apoiar ou não o projeto de lei. Ele disse a repórteres que "minhas preocupações sobre déficit não foram aliviadas".

Perguntado por repórteres no almoço se irá assinar o projeto de lei com uma taxa de imposto sobre empresas de 21 por cento, Trump disse: "Eu irei... É muito importante para o país conseguir uma votação na próxima semana".

Com a derrota nesta terça-feira em uma eleição especial no Alabama para o Senado, republicanos estavam sob pressão para completar a reforma fiscal antes do Natal e antes de um novo senador democrata do Alabama ser oficialmente empossado.

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