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Congresso do Equador rejeita impeachment de Lasso

Oposição não conseguiu 12 votos para atingir número mínimo

29 jun 2022 - 13h42
(atualizado às 13h51)
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O Congresso do Equador rejeitou na madrugada desta quarta-feira (29) uma moção de impeachment contra o presidente do país, Guillermo Lasso, que há mais de duas semanas enfrenta protestos diários por conta de suas políticas econômicas.

Lasso conseguiu escapar do impeachment no Congresso
Lasso conseguiu escapar do impeachment no Congresso
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Para ser afastado, a votação precisa ter 92 votos favoráveis entre 137. No entanto, a oposição obteve apenas 80 e não conseguiu aprovar o impeachment, que tinha como base o artigo 130 da Constituição (casos de grave crise política interna).

Foram ainda 48 votos contrários e nove abstenções.

O texto, ligado ao partido de oposição Unes - do ex-presidente Rafael Correa - foi apresentado de três formas diferentes nas votações, mas nenhum obteve êxito. Os debates sobre o impeachment duraram 18 horas em duas sessões.

Pelo Twitter, Lasso comemorou que seu governo "conseguiu defender com sucesso a democracia e agora é hora de recuperar a paz".

Analistas equatorianos, porém, ressaltam que a quantidade de votos favoráveis à destituição do mandatário foi muito acima do esperado: "apenas" 47 congressistas haviam assinado o texto que foi levado a debate e o total de votos foi quase o dobro.

Além dos problemas no Congresso, Lasso precisa lidar com os protestos que não param por todo o país e são liderados pela Confederação das Nacionalidades Indígenas (Conaie). Apesar de ter aceitado reduzir o preço dos combustíveis no país, as manifestações continuam a criticar a gestão da economia no governo e o alto custo de vida, especialmente, para os mais pobres.

 Na noite desta terça-feira (28), o governo anunciou uma interrupção nas negociações com os indígenas por conta da morte de um militar nos protestos. Até o momento, além do policial, um líder social também foi morto nas manifestações. .

Ansa - Brasil   
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