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Colômbia arquiva investigação contra Santos por Odebrecht

Comissão de Acusação da Câmara dos Deputados 'considerou que não havia indícios diretamente contra o presidente da República'

31 mai 2018 - 12h41
(atualizado às 14h19)
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Presidente  da Colômbia, Juan Manuel Santos, discursa durante encontro em Cundinamarca
29/01/2018
Presidência da Colômbia/Divulgação vai Reuters
Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, discursa durante encontro em Cundinamarca 29/01/2018 Presidência da Colômbia/Divulgação vai Reuters
Foto: Reuters

A Comissão de Acusação da Câmara dos Deputados da Colômbia anunciou na quarta-feira, 30, que arquivou a investigação contra o presidente Juan Manuel Santos pela suposta entrada de dinheiro da construtora brasileira Odebrecht em suas campanhas para as eleições de 2010 e 2014.

"Em matéria dos fatos de 2014, até esta etapa processual, (a Comissão) considerou que não havia indícios diretamente contra o presidente da República e, por conseguinte, se inibiu de continuar até este momento a investigação", afirmou a jornalistas o deputado Nicolás Guerrero.

O congressista, do governista Partido da União Nacional e que faz parte da comissão, detalhou que, para a investigação relacionada à campanha de 2010, "se decretou a extinção da ação disciplinar e, como consequência disso", se "ordenou o arquivo desta investigação".

A comissão, que é a encarregada de preparar projetos de acusação quando há causas constitucionais contra o presidente do país, abriu em fevereiro de 2017 uma indagação preliminar contra Santos pelo suposta entrada de dinheiro da Odebrecht em sua campanha para a reeleição em 2014.

Em abril, a comissão reativou o processo contra o presidente com o propósito de colher informações suficientes para definir se abria ou não uma investigação formal.

Por este caso, um juiz ordenou na terça-feira a prisão do ex-gerente da campanha à reeleição de Santos em 2014, Roberto Prieto, acusado por quatro crimes em uma investigação pelos subornos pagos pela Odebrecht. Segundo a procuradoria, Prieto se apoderou de 650 milhões de pesos (US$ 230 mil) dos subornos que a construtora brasileira pagou na Colômbia.

O Departamento de Justiça dos EUA divulgou em dezembro de 2016 documentos que revelaram que a construtora pagou cerca de US$ 788 milhões em subornos em 12 países da América Latina e África. / EFE

 
Estadão
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