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Como a polícia desvendou contrabando de R$ 40 milhões em marfim e chifres de rinoceronte no Quênia

Presas de elefante e chifres de rinoceronte "escondidos dentro de máscaras africanas" foram exportados, dizem os promotores dos Estados Unidos.

27 jan 2021 - 11h08
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O marfim ilegal foi supostamente vendido a clientes em Nova York e no sudeste da Ásia
O marfim ilegal foi supostamente vendido a clientes em Nova York e no sudeste da Ásia
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Um queniano disse ser inocente em um tribunal dos Estados Unidos após ser acusado por tráfico ilegal de marfim e chifres de rinoceronte.

Mansur Mohamed Surur é apontado por fazer parte de uma "conspiração internacional" responsável pela matança de mais de 100 elefantes e dezenas de rinocerontes, afirmam promotores federais em Nova York.

A estimativa é que a quadrilha tenha acumulado um montante que chega a US$ 7,4 milhões (cerca de R$ 40 milhões) ao longo de sete anos.

Algumas exportações eram feitas escondidas em "peças de arte como máscaras e estátuas africanas", apontam documentos judiciais.

O dinheiro era pago de e para clientes estrangeiros por meio de "transferências eletrônicas internacionais, algumas enviadas por meio de instituições financeiras dos EUA", afirmam os promotores.

Surur foi preso em 2020 na cidade queniana de Mombasa e extraditado para os EUA a fim de ser julgado em Nova York. Ele também enfrenta acusações de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

Quadrilha teria contrabandeado R$ 40 milhões em marfim e chifres de rinocerontes
Quadrilha teria contrabandeado R$ 40 milhões em marfim e chifres de rinocerontes
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Ele e três outros — Amara Cherif, da Guiné, Moazu Kromah, da Libéria e Abdi Hussein Ahmed, do Quênia — são acusados de fazer acordos de vendas ilegais de marfim com compradores em Manhattan, além de outras pessoas no sudeste asiático.

Eles estão todos nos EUA, exceto Ahmed, que "continua foragido", disse o Departamento de Justiça americano.

Telefonemas e mensagens nas quais 3 dos 4 homens supostamente discutem preços e métodos de pagamento com um cliente são citados em documentos judiciais.

A investigação aponta que a rede estava sediada em Uganda, mas envolvia outros países — entre eles a República Democrática do Congo, Guiné, Quênia, Moçambique, Senegal e Tanzânia.

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