PUBLICIDADE

Mundo

Comitê da Câmara dos EUA se aproxima de votar artigos de impeachment contra Trump

12 dez 2019 - 20h51
Compartilhar
Exibir comentários

Parlamentares dos Estados Unidos avançaram nesta quinta-feira no processo de impeachment contra o presidente republicano Donald Trump e membros de um comitê da Câmara dos Deputados debateram as acusações formais que serão enviadas ao plenário da Casa para uma votação final na semana que vem. 

Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca
12/12/2019 REUTERS/Kevin Lamarque
Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca 12/12/2019 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

O Comitê Judiciário da Câmara deve aprovar dois artigos de impeachment ainda nesta quinta-feira, o que levará a uma votação na casa legislativa controlada pelos democratas na semana que vem que pode tornar Trump o terceiro presidente na história dos Estados Unidos a sofrer um impeachment. 

    Se a Câmara aprovar a abertura do processo contra Trump, que é acusado de abuso de poder e obstrução do Congresso, o presidente então será julgado pelo Senado. É esperado que a casa legislativa liderada pelos republicanos não considere o presidente culpado, e não o retire de seu cargo. 

Os republicanos no painel judiciário reclamaram repetidas vezes sobre os procedimentos seguidos pelos democratas no processo do impeachment, e disseram que os democratas exageraram em uma tentativa desesperada de reverter os resultados das eleições de 2016. 

Os republicanos requisitaram uma outra audiência e disseram que seus direitos não foram respeitados no processo, mas perderam a votação diante da maioria democrata. Os republicanos também se articularam para derrubar a primeira acusação, de abuso de poder, mas o comitê rejeitou a moção em um voto que seguiu as linhas partidárias. 

"As regras foram jogadas no lixo nesse processo", disse a deputada republicana Debbie Lesko. "Continuo achando impressionante o quão corrupto e injusto esse processo foi desde o início." 

Os democratas acusam Trump de abusar de seu poder ao tentar forçar a Ucrânia a investigar seu rival político Joe Biden, e de tentar obstruir o Congresso quando parlamentares tentaram analisar a questão. Biden, ex-vice-presidente, é um dos principais postulantes à nomeação democrata para concorrer à Presidência contra Trump no ano que vem. 

Republicanos no comitê disseram que os crimes apontados nos artigos de impeachment não aconteceram e que "abuso de poder" era um argumento genérico para as reclamações dos democratas sobre Trump. 

"Esse conceito de abuso de poder é uma das mais baixas e fracas teorias de impeachment", disse o deputado republicano Matt Gaetz.

Os democratas repreenderam os republicanos pela lealdade a Trump. 

"Esqueçam o presidente Trump. Alguns dos meus colegas do outro lado dirão que é abuso de poder condicionar auxílio internacional em atos oficiais?", disse a deputada democrata Pramila Jayapal. "Algum dos meus colegas está disposto a dizer que não há problema se um presidente dos Estados Unidos da América convidar a interferência externa nas nossas eleições?".  

Trump nega qualquer irregularidade e condena o processo de impeachment como uma farsa. 

"Não houve crime!", escreveu Trump no Twitter na quinta-feira.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade