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Comitê da Câmara dos EUA recomenda impeachment de Trump

13 dez 2019 - 12h50
(atualizado às 13h20)
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Um comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, controlado pelos democratas, aprovou acusações de abuso de poder e obstrução contra o presidente do país, Donald Trump, nesta sexta-feira, tornando quase certo que ele será alvo de um impeachment na Casa.

O Comitê Judiciário da Câmara votou por 23 a 17 para aprovar um artigo de impeachment que acusa Trump, republicano, de abusar do poder de seu cargo para pressionar a Ucrânia a investigar um possível rival nas eleições presidenciais de 2020, o democrata Joe Biden.

A comissão também apoiou um segundo artigo, pelo mesmo placar de votação, que acusa Trump de obstruir a investigação do Congresso sobre o escândalo.

Presidente dos EUA, Donald Trump
03/12/2019
Ludovic Marin/Pool via REUTERS
Presidente dos EUA, Donald Trump 03/12/2019 Ludovic Marin/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

A Câmara, onde os democratas têm maioria, provavelmente aprovará as acusações na próxima semana, completando o processo de impeachment na Casa e enviando Trump para um julgamento no Senado dentro de semanas. No entanto, é improvável que o Senado, que tem maioria republicana, considere o presidente culpado e o retire do cargo.

As votações no comitê aconteceram na manhã desta sexta-feira, após terem sido adiadas na véspera, na esteira de debates acalorados entre os dois partidos.

Os democratas defenderam o argumento de que a maneira como o presidente lidou com a Ucrânia, e sua recusa em cooperar com os esforços dos parlamentares para investigá-la, constituem abuso de poder e obstrução do Congresso.

Os republicanos do comitê ficaram ao lado de Trump e atacaram os democratas, enquanto Trump disparou uma leva de tuítes e retuítes ressaltando o apoio que tem recebido de seus apoiadores.

"Os membros republicanos da Câmara foram fantásticos ontem", tuitou Trump na manhã desta sexta-feira, acrescentando que "a unidade e o brilho absoluto destes guerreiros republicanos, todos eles, foi uma coisa linda de se ver".

Grande parte do foco do impeachment está em um telefonema de 25 de julho, no qual Trump pediu ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, que investigasse o pré-candidato presidencial democrata Joe Biden e seu filho Hunter, que pertenceu ao conselho de uma empresa de gás da Ucrânia. Esta foi a base da acusação democrata de abuso de poder de Trump.

Trump também instruiu funcionários antigos e atuais de seu governo a não deporem ou fornecerem documentos, levando autoridades graduadas como o secretário de Estado, Mike Pompeo, a desafiarem intimações da Câmara. Os democratas dizem que esse comportamento representa uma obstrução do Congresso, o que constituiu a base da outra acusação de impeachment.

Trump nega qualquer irregularidade e qualificou o inquérito de impeachment de injusto. Seus aliados republicanos no Congresso argumentam que não há indícios diretos de má conduta e que os democratas vêm conduzindo um processo inadequado, que não deu ao presidente a oportunidade de se preparar.

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