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Mundo

Começa julgamento de alemã do EI pela morte de menina yazidi

Amal Clooney é a advogada da mãe da vítima que morreu de sede

9 abr 2019 - 10h50
(atualizado às 11h02)
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Começou nesta terça-feira (9), em Munique, na Alemanha, o julgamento de uma alemã de 27 anos, que se uniu ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), acusada de crimes de guerra e de ter deixado uma criança Yazidi, de 5 anos, morrer de sede. Entre os advogados que representam a mãe da vítima está a anglo-libanesa Amal Clooney, além da ativista de direitos humanos e prêmio Nobel da Paz Nadia Murad. O julgamento é considerado o primeiro no mundo pelos crimes cometidos pelo EI contra os yazidis, minoria religiosa que se baseia no Islã, cristianismo e no judaísmo, e perseguida por grupos terroristas.

Começa julgamento de alemã do EI pela morte de menina yazidi
Começa julgamento de alemã do EI pela morte de menina yazidi
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    "As vítimas yazidis esperam há muito tempo a chance de dar seu testemunho perante a um tribunal", disse Clooney em uma declaração conjunta.

    De acordo com a acusação, a mulher, identificada como Jennifer W., poder ser condenada à prisão perpétua. Ela é suspeita de ter deixado a Alemanha para integrar o grupo jihadista em setembro de 2014.

    Na ocasião, Jennifer e seu marido compraram uma menina de cinco anos e sua mãe, ambas yazidi, para explorar as duas como escravas. Segundo a Procuradoria, em um dia, como punição por ter urinado na cama, a garota foi acorrentada pelo homem ao lado de fora da casa, sob um sol escaldante, e a acusada não fez nada para salva-la. A criança morreu desidratada. Em janeiro de 2016, Jennifer W chegou a ser detida em Ancara pelas autoridades turcas ao tentar tramitar seus documentos na embaixada da Alemanha. No entanto, foi extraditada para seu país de origem. Sua prisão provisória ocorreu somente em junho de 2018, quando estava chegando a territórios controlados pelo Estado Islâmico na Síria.

    Em comunicado, os advogados da parte civil, Clooney e Murad, pedem a condenação de Jennifer por tráficos de seres humanos, tortura, crimes contra a humanidade e organização terrorista.

Ansa - Brasil   
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