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Com código genético em mãos, cientistas começam a trabalhar em vacina contra o vírus de Wuhan

24 jan 2020 - 20h23
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Quando um grupo de pesquisas de vacinas recentemente reunido pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos se reuniu pela primeira vez esta semana, seus membros esperavam começar os trabalhos com calma. 

Passageiros têm temperatura checada ao chegarem em Xianning, cidade próxima de Wuhan
24/01/2020
REUTERS/Martin Pollard
Passageiros têm temperatura checada ao chegarem em Xianning, cidade próxima de Wuhan 24/01/2020 REUTERS/Martin Pollard
Foto: Reuters

Mas a missão deles é conduzir testes com humanos em ameaças de saúde de emergência, e a primeira tarefa chegou rapidamente. 

Em um período de apenas três meses, eles devem testar a primeira de uma série de vacinas experimentais contra o novo coronavírus tipo Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) que está se espalhando a partir da China. 

"Eu lhes disse: 'vocês terão um batismo de fogo, caras'", disse Anthony Fauci, o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Contagiosas dos EUA, em seu discurso inaugural ao grupo esta semana. 

Três meses entre sequenciamento de genes para testes iniciais com humanos seria o período mais curto já registrado pela agência para a criação de uma vacina, disse Fauci. 

Cientistas chineses conseguiram rapidamente identificar a sequência genética do novo coronavírus e autoridades publicaram-na em poucos dias, permitindo que equipes de cientistas começassem a trabalhar imediatamente. 

Com o código genético em mãos, cientistas podem começar o trabalho de desenvolver as vacinas, sem precisar de uma amostra do vírus. 

Durante o letal surto de Sars em 2003, os cientistas norte-americanos demoraram 20 meses para passar da sequência genética à primeira fase de testes humanos. Àquela altura, o surto estava sob controle. 

Desta vez, os grupos de pesquisa ao redor do mundo já estão executando planos para testar vacinas, tratamentos e outras medidas para impedir o novo vírus de se espalhar globalmente. 

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